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"Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam mas permanecem para sempre"

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Em que caso Jesus permite o divórcio?

O padrão divino para o casamento é, segundo as palavras de Jesus, que seja indissolúvel (Marcos 10.9). Mas há uma larga diferença entre o ideal e o real. Logo, conhecendo a dureza do coração humano e seus problemas de relacionamento, Deus permitiu exceções ao Seu projeto inicial, especialmente em casos de violência doméstica, abusos emocionais e sexuais e casos contumazes de adultério.
Quando foi indagado a respeito de o divórcio ser ou não permitido segundo a Lei mosaica, Jesus explicou: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. Mateus 19.8,9
Não havendo infidelidade, o divórcio é ilegítimo, mas o mesmo não se pode dizer quando o motivo é o adultério. No caso de simples repúdio por motivo fútil, o divórcio é ilegítimo aos olhos de Deus.
De acordo com a Bíblia, para Deus, o ideal é que não haja traição e que, havendo, o perdão seja liberado. Mas, por causa da dureza do coração do homem (Mateus 19.8), da sua incapacidade de perdoar, o traído pode divorciar-se e casar-se de novo.
Entretanto, isso não significa que o divórcio deva acontecer automaticamente quando o cônjuge comete adultério. Aqueles que descobrem que seu parceiro foi infiel devem primeiro fazer todo o esforço para perdoar, reconciliar-se e restaurar o relacionamento.
O divórcio deve ser empregado apenas em última instância, quando o adúltero não demonstrar arrependimento genuíno repetindo esse ato vil que abala a confiança do cônjuge, machuca-o e desestrutura o vínculo conjugal.
Algumas pessoas empregam Romanos 7.1-3 para respaldar uma posição contrária a um novo casamento em qualquer hipótese. Afirmam que o que traiu e o que foi traído estão ligados até a morte. O contexto não permite tal entendimento. O objetivo do apóstolo Paulo era mostrar, especificamente aos judeus, a diferença entre a antiga e a nova aliança.
Utilizar esse texto para condenar o divórcio em qualquer hipótese é ser mais duro do que Jesus. É obrigar a pessoa a conviver com o outro sem jamais poder divorciar-se, ainda que seja traída ou agredida repetida e continuamente.
Se a nova aliança condenasse alguém a esse tipo de jugo, não se faria superior em nada à antiga, já que a Lei mosaica, nesse sentido, seria mais humana, tolerante e justa. Os judeus não tinham o casamento como indissolúvel. Eles conheciam as exceções. Jesus as interpretou de forma mais eficaz e restrita.
Marcos 10.1-12; Lucas 16.18; Romanos 7.3

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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Não toqueis os meus ungidos, e aos meus profetas não façais mal. 1 Crônicas 16:22

Com base neste texto quero abordar este tema polêmico que tem me tirado a paz, a última gota foi um vídeo que assisti do Pr. Silas Malafaia declarando que já viu inclusive gente morrer por tocar no ungido. Duro é que o tocar no ungido a que ele se refere no vídeo seria denunciar pecados como o que ele mesmo citou "Pastor Ladrão". Segundo o Silas Malafaia o correto seria sair da igreja sem comentar nada com ninguém para não correr o risco de ser castigado ao denunciar tal erro, pois estaria tocando no ungido do senhor, como se não bastasse ouvir isto deste renomado pastor, ter que ler que pessoas que eu conheço concordam com a posição dele.
Como é que pode ainda nos dias de hoje as pessoas usarem este texto para afirmar que não podemos questionar lideranças eclesiásticas?
Primeiramente, quero relatar o motivo da minha discordância com base no próprio texto, que foi citado primeiramente fora de contexto, mas que agora vai acompanhado de alguns versículos que o antecedem:
Lembrai-vos perpetuamente da sua aliança e da palavra que prescreveu para mil gerações; Da aliança que fez com Abraão, e do seu juramento a Isaque; O qual também a Jacó confirmou por estatuto, e a Israel por aliança eterna, Dizendo: A ti te darei a terra de Canaã, quinhão da vossa herança. Quando eram poucos homens em número, sim, mui poucos, e estrangeiros nela, Quando andavam de nação em nação, e de um reino para outro povo, A ninguém permitiu que os oprimisse, e por amor deles repreendeu reis, dizendo: Não toqueis os meus ungidos, e aos meus profetas não façais mal.
1 Crônicas 16:15-22
Note que no texto, os ungidos em questão não são os lideres, mas são na verdade o povo de Deus. Quanto mais hoje, em que todos os que creem são ungidos com o Espírito de Deus, todos nós que cremos somos chamados exercer nossa posição de reino e sacerdócio. Não é um pastor de igreja superior ao empresário que em seus negócios estabelece o reino de Deus, nem ao universitário quem em sua universidade estabelece o reino. Mas antes de falar do absurdo que é usar este texto no novo pacto a fim de tornar lideranças intocáveis, vamos continuar na antiga aliança por mais um instante.
Davi se referiu a Saul como um ungido do Senhor, e disse que não tocaria no ungido, quanto à possibilidade de matar, mas isto não significa que não poderia questionar e até confrontar erros do mesmo. Tanto poderia que o próprio Davi quando pecou foi confrontado por um profeta:

Então disse Natã a Davi: Tu és este homem. Assim diz o Senhor Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel, e eu te livrei das mãos de Saul;E te dei a casa de teu senhor, e as mulheres de teu senhor em teu seio, e também te dei a casa de Israel e de Judá, e, se isto é pouco, mais te acrescentaria tais e tais coisas. Por que, pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom. Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol. Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. E disse Natã a Davi: Também o Senhor perdoou o teu pecado; não morrerás.

2 Samuel 12:7-13
Veja como Davi não foi poupado por ser o ungido do Senhor, pois o profeta também sendo escolhido por Deus foi entregar a mensagem e denunciar o erro. Quero ressaltar que não estou aqui em busca de justiça própria, não estou aqui para denunciar ninguém, realmente não tenho nenhuma pessoa específica para denunciar, tudo que quero é expor minha visão contrária a esta cultura dos intocáveis.

Ainda em relação ao antigo testamento, os pastores sob a nova aliança usam os exemplos de homens que foram castigados por confrontarem líderes, dizem, por exemplo, que Mirian pegou lepra e Arão morreu desonrado por falar mal de Moisés. Mas se esquecem de que eles não se levantaram contra Moisés e sim contra Deus já que este estava fazendo o seu melhor para cumprir a vontade de Deus. O que não é o caso dos pastores citados pelo Malafaia.

Mas agora chega de ser bonzinho. Vamos falar de nova aliança, novo pacto onde todos nós, como já foi dito,cremos que fomos ungidos para cumprir nossa parte no corpo de Cristo. O pastor da igreja não é uma parte mais importante do corpo que um diácono, De que parte da bíblia vocês tiraram que o Pastor é "O ungido do Senhor"? e a irmãzinha que fica na porta é o que? É "desungida"? É povo? Plebe gospel? Ralé pentecostal? Estes que têm uma função de menor evidência não são filhos de Deus, talvez sejam sobrinhos, não reinam em vida junto com Cristo, esta promessa cabe apenas aos ungidos que exercem cargos de evidência.

Quando foi que o Silas Malafaia começou a pregar coisas contrárias as ensinadas pela bíblia? De onde ele tirou que denunciar algo que está errado é tocar em um ungido e talvez seja um erro digno de morte? De onde ele tirou que é correto ver algo errado e simplesmente ir embora sem falar nada com ninguém? Parem com isto em nome de Jesus, vamos amar ao próximo, mas não dá pra continuar deste jeito onde um é povo e o outro é ungido, ou somos corpo de Cristo e todos somos irmãos, ou não somos nada. Não existe um homem maior que o outro, somos filhos e filhas de Deus.

Só pra ficar claro que todos nós somos ungidos, e estamos no mesmo patamar espiritual dentro da nova aliança, eu aconselho a leitura de 1Cor. 12:12-31. Mas vou colocar alguns pontos chaves aqui para facilitar o entendimento de quem vai ter preguiça de pegar a bíblia pra ler. (o povo perece por que falta conhecimento)
Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.
1 Coríntios 12:13
Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?
1 Coríntios 12:17
Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários;
1 Coríntios 12:20-22

Estes textos mostram que somos todos parte de um mesmo corpo, onde nenhum é mais importante que o outro, e ainda falam que todos temos a mesma unção, que é o Espírito Santo de Deus. Agora que já temos este entendimento de que somos todos iguais dentro do corpo de Cristo (iguais no sentido de termos mesmo valor e mesma unção, lembrando que o respeito deve ser mútuo e que conforme Jesus ensinou o que quiser ser o maior deve se fazer menor de todos), vamos saber como Jesus ensinou a tratar com os erros uns dos outros.
Termino por aqui meu texto, muito mais poderia ser dito no intuito de tentar provar alguma coisa, mas como sempre meu desejo não é provar nada, mas propor uma reflexão contra tantos ensinamentos distorcidos que enfrentamos dentro desta religião que se tornou o cristianismo contemporâneo, e que este tipo de cristianismo seja contemporâneo por pouco tempo e que o Espírito Santo de Deus nos guie a toda verdade como Ele mesmo prometeu que seria.
Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.
Mateus 18:15-17


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