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"Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam mas permanecem para sempre"

domingo, 22 de dezembro de 2013

Abuso espiritual, como não ser uma vítima 1ªparte 
Fonte J. Dias

Definição do termo
Abuso espiritual é o uso da posição de liderança ou do poder para seduzir, influenciar e manipular as pessoas a fim de alcançar interesses próprios. Os praticantes do abuso espiritual são muito hábeis para passar a impressão de que o que querem é do interesse de Deus e da sua obra quando, na realidade o que buscam é seu próprio interesse.

O evangelho "barato", pregado atualmente por algumas igrejas gerou um grande número de pastores, bispos, apóstolos e lideres que não medem consequências para alcançar seus objetivos. Esse mesmo estranho evangelho também permite a abertura de igrejas por pessoas totalmente despreparadas que se auto- intitulam  pastores. Geralmente eles são oriundos de alguma igreja onde não tiveram oportunidade no ministério. Existem também os que estão interessadas apenas em conseguir recursos financeiros, e exercer poder. E por último existem os que são servos de Deus sinceros, mas por não possuírem qualificação ou chamado para o cargo, são inseguros e essa insegurança é disfarçada por um autoritarismo exacerbado. O certo é que a maioria deles são danosos  aos membros de sua congregação, gerando um grande número de pessoas feridas e decepcionadas com o evangelho.
CONVITE AO ABUSO
As igrejas são constituídas num sistema hierárquico que consiste num verdadeiro convite ao abuso religioso. Esse tipo de regime autocrático centrado na figura carismática do pastor predomina nas igrejas mais novas, em especial nas pentecostais e neopentecostais surgidas nos últimos trinta anos. Claro que não podemos generalizar, pois nesse meio tempo também surgiram igrejas sérias, fundadas por homens de Deus, com único objetivo de pregar o verdadeiro evangelho e ganhar almas para o Reino de Deus.

O pastor Paulo Romeiro escreveu no livro "Decepcionados com a Graça": “Em termos de governo, o neopentecostalismo  verticalizou a igreja. O líder forte no topo da pirâmide, que não presta contas a ninguém, que toma decisões sozinho em questões financeiras e doutrinárias, acaba tirando das pessoas a oportunidade de funcionarem como um corpo, como deve ser a igreja. Em tais circunstâncias, os abusos se multiplicam. Alguns líderes religiosos têm dificuldade de administrar o poder”.
Por ter uma organização mais democrática, com estabelecimento de conselhos e assembleias, as igrejas protestantes históricas são um pouco menos tentadas nessas áreas, embora não estejam imunes.
CARACTERÍSTICAS DO ABUSO ESPIRITUAL
Na maioria das vezes o abuso espiritual se origina por posições doutrinárias anti bíblicas. Mas ele ocorre também porque os interesses pessoais de um líder, ainda que legítimos, são satisfeitos de maneira ilegítima.
Sistemas religiosos espiritualmente abusivos são comumente descritos como legalistas controladores mentais, religiosamente viciadores, e autoritários. Apresenta as seguintes características:
LIDERANÇA AUTORITÁRIA
A característica mais evidente de um sistema religioso abusivo, ou de um líder abusivo, é a ênfase excessiva em sua autoridade. Normalmente o grupo se diz ter sido estabelecido diretamente por Deus, e, portanto, seus líderes se consideram como tendo o direito de comandar seus seguidores.
Em Mateus 23:1–2 Jesus disse que "na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus", uma posição de autoridade espiritual. Ainda que outros termos sejam usados, essa posição, nos grupos abusivos, é de poder, e não de autoridade moral.
Àqueles que se submetem incondicionalmente, são prometidas bênçãos espirituais. A eles é dito que devem se submeter completamente, sem o direito de questionar os líderes; se os líderes estiverem errados, isso é problema deles com Deus, e Deus ainda assim abençoará àqueles que se submetem incondicionalmente.
PROIBIÇÃO DE CRÍTICAS
O sistema religioso, por não ser baseado na verdade, não pode permitir questionamentos, dissensões, ou discussões aberta sobre questões. A pessoa que questiona se torna o próprio problema, ao invés da questão que ela levantou.

As resoluções sobre qualquer questão vêm diretamente do topo da hierarquia, que são passadas sem abertura para qualquer indagação. Qualquer tipo de questionamento é considerado como desafio à autoridade, ou rebelião.
O pensamento autônomo é desencorajado, sob a alegação de que ele leva à dúvida, que por sua vez é vista como sendo falta de fé em Deus e em seus líderes ungidos. Desse modo, os seguidores procuram controlar seus próprios pensamentos, por medo de que possam estar questionando Deus.
APARENCIA EXTERNA
Tais lideranças procuram sempre manter uma aparência de santidade. A história do grupo ou organização geralmente é distorcida para dar a impressão de que têm um relacionamento especial com Deus.
O caráter duvidoso de tais lideranças é negado ou encoberto para que sua autoridade não seja questionada, e para manter as aparências. Padrões legalistas de pensamento e comportamento, impossíveis de serem mantidos, são impostos aos membros.
O fracasso em manter tais padrões é usado como constante lembrete de que eles são inferiores aos líderes, e, portanto devem se submeter a eles. Apenas uma imagem positiva do grupo é apresentada àqueles que não fazem parte dele, porque a verdade sobre o sistema religioso abusivo seria obviamente rejeitada se fosse conhecida.
Os líderes, normalmente, mantêm segredos que não divulgam a suas congregações. Esse sigilo está baseado na desconfiança geral dos outros, porque o sistema é falso e não pode resistir a escrutínios.
DESEQUILÍBRIO
Os grupos abusivos têm de se distinguir de todos os outros grupos religiosos para que possam alegar serem únicos e especiais para Deus.
Isso normalmente é feito através de uma ênfase exagerada em posições doutrinárias menos centrais, através de legalismo extremo, ou uso de métodos peculiares de interpretação bíblica.
Dessa forma, suas conclusões e crenças são exibidas como prova de que são únicos e especiais para Deus. Em Mateus 23, Jesus nos dá uma importante descrição dos líderes espirituais abusivos.
Em Gálatas, Paulo argumenta contra aqueles que queriam impor um cristianismo legalista, subvertendo a mensagem do evangelho. Jesus Cristo era Deus encarnado, a segunda Pessoa da Trindade, o Criador do universo, mas não usou essa autoridade para subjugar seus discípulos, para colocá-los sob o jugo de regras e regulamentos legalistas.

Nem tampouco Jesus procurava manter as aparências externas. Aos fariseus legalistas, Jesus aplicou as palavras de Isaías: "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens" (Mt. 15:9).

Jesus não era paranoico como os líderes abusivos, seu ministério era transparente ao publico (Jo.18:19–21), não tinha nada a esconder. Jesus não só criticou os líderes religiosos por suas doutrinas errôneas (Mt. 15:1–9; 23:1–39; etc.), mas também, quando criticado, ele não os silenciou, mas deu-lhes respostas bíblicas e racionais às suas objeções (Lc. 5:29–35; 7:36–47).

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Abuso espiritual, como não ser uma vítima 2ªparte

Tudo pela visão
Líderes que cometem abusos contra os membros de sua igreja, geralmente estão obcecados por uma visão. Estão convencidos que receberam uma visão divina, e em nome dessa visão passam por cima de tudo e de todos.
Quando o líder entende que recebeu uma visão de Deus para sua igreja, tudo passa a ter valor inferior. Tudo e todos na igreja devem ser direcionados para a visão do líder. Nada pode ser feito se estiver fora da visão. Quem não quer participar da visão começa a ser discriminado e colocado como rebelde. A mais importante missão da igreja, que é pregar o evangelho começa a ser colocado em segundo lugar. As pessoas que estão na igreja para receberem cuidados pastorais, vão sendo esquecidas.

Muitas vezes o líder está tão embevecido pela pressa de incutir na cabeça das pessoas a sua visão que nem nota que está ferindo pessoas. Começa a separar o “joio do trigo”. Quem aceita a visão é “trigo”, quem não aceita é “joio”, e passa a ser tratado diante de toda congregação como rebelde, desobediente e infiel. As humilhações em publico passam a acontecer naturalmente. Isso é feito para que outros não trilhem o mesmo caminho do “rebelde”. E assim muita gente se cala com medo das consequências ou por não ter coragem de desafiar o líder.

MEDO NOS MEMBROS
Outro modo muito utilizado de abuso contra os membros de uma igreja é colocar o medo no coração das pessoas. O pastor começa a pregar coisas do tipo: “Se você não der o dizimo, Deus mandará o devorador, o gafanhoto para destruir o que é seu”; “A rebeldia é como pecado de feitiçaria” e outras coisas do gênero. O uso de versículos fora do contexto, neste caso é utilizado constantemente para validar as estranhas doutrinas da liderança.
Também não tem base bíblica à atitude de alguns líderes que querem prender as pessoas na sua igreja com ameaças de saírem “debaixo de maldição” se mudar de igreja. Numa igreja saudável com um pastor equilibrado as pessoas podem mudar para outra igreja sempre que assim o desejarem. A pessoa é livre para servir a Deus onde se sentir melhor.
COBERTURA ESPIRITUAL
Novas doutrinas difundidas pelo movimento neopentecostal, também colaboram para o crescimento dos excessos. Uma delas é o ensino sobre “cobertura espiritual”, que concede ao líder posição de autoridade e responsabilidade espiritual sobre todos os membros de sua igreja. Quem sair de sua cobertura fica sem defesas contra o inimigo, Deus sequer ouve suas orações.
Numa igreja saudável, espiritual e emocionalmente equilibrada, todos os membros oram uns pelos outros, compartilham e dividem os “fardos” como manda a Bíblia (Gl 6.2). Não é apenas a oração do pastor que tem validade diante de Deus. Todos somos filhos, então todos  estamos sob a cobertura de Deus.
O UNGIDO DO SENHOR
No livro "Feridos em Nome de Deus": “Outro meio de abuso é o conceito difundido de que o pastor é o “ungido do Senhor”. Este conceito é do Velho Testamento. Muitas igrejas evangélicas, especialmente as pentecostais e neopentecostais tratam sua liderança como eram tratados os profetas do passado, com reverencia intocável. Isso tudo é coisa do Velho Testamento. No Novo Testamento não há hierarquização, todos somos sacerdotes, somos nivelados. Há hierarquia no governo eclesiástico, ou seja, o pastor é autoridade sobre o membro no que diz respeito ao governo da igreja, mas não no que diz respeito à experiência pessoal com Deus. O pastor não é intermediário entre o rebanho e Deus, este papel pertence a Jesus, único mediador entre Deus e os homens. A única mediação que existe é a de Jesus Cristo. Está errada essa visão do Antigo Testamento de que o pastor é um oráculo profético. Isso não tem espaço no cristianismo”.
TIPOS DE PASTORES QUE COMETEM ABUSOS
Como já citamos no início desse estudo, existem vários tipos de pastores que cometem abusos. Vamos comentar aqui sobre os dois tipos mais comuns, citados no livro "Outra Espiritualidade", pela clareza como são definidos.

PASTORES-LOBOS - São lobos vestidos de pastores. São corrompidos, alguns conscientemente, outros sinceramente enganados. Mas corrompidos na alma, na mente e no coração. Corrompidos no entendimento da verdade, na relação do sagrado com o divino. São pastores de si mesmos. Homens que se utilizam da fé e do desespero alheios para alcançar seus próprios objetivos, servir seus próprios interesses que é: implementar sua visão particular, desenvolver seu projeto pessoal de poder. São homens que atuam no ramo da religião, no segmento evangélico, mas que estão absolutamente distantes do Evangelho de Jesus. Distantes de sua mensagem, de seu espírito, de seu caráter, de seus propósitos, de seus valores e de seus conteúdos mais profundos. São os grandes geradores de ovelhas feridas. São os maiores abusadores do rebanho.

PASTORES-OVELHAS - Estes são ovelhas vestidos de pastores. São cristãos sinceros e dedicados a obra de Deus, mas que jamais deveriam ter sido investidos da autoridade pastoral por não terem chamado para essa função. Homens que pretendem servir a Deus, e o fazem com integridade e sinceridade ao longo dos anos, mas que nunca foram separados pelo Espírito Santo, isto é o Espírito Santo jamais os constituiu pastores, foram colocados por decisão humana. Falta-lhes autoridade divina. Falta-lhes coração e alma de pastor. Falta-lhes entranhas de pastor. Receberam o cetro, receberam o titulo, mas não receberam o mais importante, a unção de Deus para o cargo. E essa não pode ser forjada, inventada ou manipulada. Seriam ótimos crentes, ótimos pregadores do evangelho, mas são péssimos pastores. Estes geralmente são inseguros e querendo mostrar sua autoridade, exageram e passam a dirigir a igreja ditatorialmente, não aceitam interferência em suas decisões e cometem abusos propositadamente.
AS VÍTIMAS DO ABUSO
Os abusos espirituais continuam acontecendo e vai deixando atrás de si um enorme número de pessoas que não querem nem ouvir falar em igreja evangélica. Não é difícil encontrá-los. Alguns formaram comunidades na Internet para se ajudarem, e muitos estão sendo cuidados em consultórios de psicanálise. O abuso deixa marcas profundas. Traumas psicológicos, depressão e até doenças graves são relatadas pelas vitimas.
O abuso religioso é um assunto bem discutido em livros, revistas e internet, mas que ainda não está esgotado porque as coisas continuam acontecendo. Muitas publicações foram feitas com o intuito de alertar para esses males, mas infelizmente poucos são alcançados. Por isso neste espaço também queremos falar sobre o assunto, já que quanto mais avisos, mais pessoas podem ser alcançadas.
O abuso Espiritual tem um efeito devastador na vida das pessoas. Elas normalmente depositam um alto grau de confiança em seus líderes, os quais deveriam honrar e guardar tal confiança.
Quando essa confiança é traída, a ferida que se abre é muito grande, até mesmo a ponto da pessoa nunca mais poder confiar em líderes espirituais novamente, mesmo que eles sejam legítimos.
Além de desenvolverem medo e desilusão com relação a líderes religiosos, as vítimas de abuso espiritual muitas vezes têm dificuldade em confiar em Deus. Elas se perguntam, "como é que Deus pode ter permitido que isso acontecesse comigo? Tudo o que eu queria era amá-lo e servi-lo!"
Muitas vezes, essas pessoas desenvolvem grande rancor, que se não for tratado, pode estabelecer raízes de amargura e incredulidade com relação a tudo que seja espiritual.
Para que haja uma recuperação dos males causados pelo abuso espiritual, é preciso que a vítima entenda o que aconteceu, por que aconteceu, e como aconteceu. Precisa entender que ela não é a única pessoa vitimada por esse tipo de abuso. Ela deve procurar grupos de apoio, e ser contínua e pacientemente ensinada sobre a graça de Deus.


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Abuso espiritual, como não ser uma vítima 3ªparte
Todos podem ser vítimas
Por mais estranho que possa parecer, o abuso espiritual não acontece apenas contra pessoas simples e de baixo nível escolar. A verdade é que pessoas esclarecidas e de classe alta, são facilmente manipuladas e se tornam escravas de lideres  maquiavélicos. As pessoas manipuladas deixam de usar a razão e passam a ouvir o coração. Quando se dão conta do que está acontecendo com elas geralmente já se encontram no fundo do poço. Já perderam quase tudo que tinham, já não tem mais amigos, se afastou dos familiares e muitos perderam esposa ou esposo. Tudo para servir integralmente a igreja (pastor pastora).
COMO SE PREVINIR DO ABUSO ESPIRITUAL
Existem algumas maneiras de identificar o abuso espiritual, mas não há uma regra básica, já que todos os dias são criadas novas técnicas de abordagem para “aprisionar” os incautos.

Cuidado com frases do tipo:     “Você ainda não recebeu nossa visão”;
“Isso é uma verdade espiritual que você ainda não tem condições de entender”;
“Abençoe-me e você será abençoado”;     “Não toque no Ungido do Senhor”.
Fique Atento e:
1 - Não aceite nada que não possa ser questionado.
2 - Preste atenção se o líder tem tendência de se auto elogiar.
3 - Preste atenção se a “visão” da igreja é mais importante que as pessoas.
4 - Seu pastor lhe causa medo? Ele ameaça os membros com revelações sobre sua vida pessoal? Vive dizendo que Deus lhe mostra tudo que acontece ou o que as pessoas fazem de errado?
5 - Observe se seu pastor trata de maneira mais próxima os membros que tem uma posição financeira melhor.
6 - Se é comum alguém ser escolhido para ser humilhado diante de todos.
7 - Não idolatre seu pastor. Por mais carismático que ele seja, trate-o apenas como pastor, respeitando-o como autoridade  eclesiástica, mas nunca como um "deus" ou pessoa infalível.
Servir a Deus é maravilhoso, mas isso não quer dizer que você deva se separar dos amigos e da família por não serem crentes. Continue tendo amigos descrentes, continue com seus laços familiares. Ir à festa de família não o obriga a utilizar bebida alcoólica, muito menos participar de conversas inadequadas. Estando entre amigos e familiares descrentes você terá oportunidade de falar do evangelho para eles.
COMUNHÃO COM DEUS
Faz parte da natureza humana a transferência de responsabilidade, mas a experiência espiritual não permite a transferência de responsabilidade. Ninguém se relaciona com Deus em nome de outro alguém, cada um se relaciona por si mesmo. Então, que cada cristão procure se relacionar com Deus, independente do que pensa alguém da liderança da igreja sobre suas orações. Se disserem que sua oração é “fraca” não chega ao céu, não se preocupe quem está recebendo sua súplica é Deus. Você está orando em nome de Jesus e não de seu líder. Isto quer dizer que sua comunhão com Deus não pode ser medida pela liderança de sua igreja.
PASTOR PODE SER QUESTIONADO
Acreditar que o pastor tem uma visão iluminada a respeito das verdades espirituais e que ele sempre conhece mais a Bíblia que todos na comunidade, é um erro de avaliação. Isso facilita a supremacia do pastor sobre todos. Tudo que ele diz se torna verdade. O líder passa a ser intocável. Quem tenta questioná-lo é tratado como endemoninhado, sem visão e “ovelha negra”. Não deve ser assim, o pastor pode e deve ser contestado quando está usando a Bíblia de maneira errada. O pastor pode e deve aceitar questionamentos e contestações dos membros, afinal todos fazem parte do corpo. Seria bom se o líder tivesse coragem de dizer que não tem resposta para todas as questões, reconhecesse que não é infalível. Pedro era uma das colunas da Igreja de Jerusalém. Paulo em comparação com ele era um “novato” no ministério, mas quando foi necessário o “novato” corrigiu a atitude do apostolo Pedro (Gl 2.11). O próprio Paulo elogiou os crentes de Beréia, porque examinavam as Escrituras confirmando se o que apóstolo ensinava era verdade (At 17.11).
PASTORES NA PLENITUDE DO ESPÍRITO
Existem pastores sérios, homens de Deus e de alta confiança. O grande problema é identificá-los. Mas ore a Deus para que você na sua busca "tropece" em algum deles. São homens que parecem que romperam a linha que nivela os mortais. Pessoas equacionadas na alma, resolvidas, que vivem no patamar do que a Bíblia chama “plenitude do Espírito”, sendo essa plenitude não uma experiência eventual, mas uma qualidade que se consolidou. São homens que receberam do Espírito Santo o chamado para o pastorado. São homens com entranhas de pastor. Homens que sabem o valor de uma ovelha para o Reino de Deus. São confiáveis, com eles você pode tratar de qualquer assunto sem medo de que ele use seus problemas contra você.
PASTOR QUE RECONHECE SUAS LIMITAÇÕES
Pastor que reconhece que tem fragilidades, que trata suas emoções com delicadeza, que desabafa com seus auxiliares, que reconhece que pode falhar e não posa de semideus; não alimenta a dependência de pessoas do rebanho, mostrando a elas que o pastor é um ser humano e não um ser infalível, tem menos chances de cometer abusos.
RECEBENDO OS FERIDOS
Existem igrejas sérias que recebem esses feridos e tentam recuperá-los. É um trabalho árduo e complicado, já que estas pessoas estão desconfiadas de tudo e de todos, cheias de traumas e até doenças geradas pelo sofrimento a que foram submetidas. Só muito amor pelas almas é que movem essas igrejas a receberem esses irmãos, Deus irá recompensá-las devidamente por esse amor.
J. DIAS


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terça-feira, 26 de novembro de 2013


E se fosse o Feliciano pregando em uma passeata gay?

 

O deputado e pastor Marco Feliciano se envolveu em mais uma confusão. Mandou os guardas levarem algemadas as meninas que protestavam e se beijavam durante um culto religioso que liderava. As meninas alegam que foram agredidas longe das câmeras, e apelaram à vitimização:

Havia outros casais se beijando no meio do culto, casais heterossexuais, e não houve problema. Nosso beijo não foi obsceno e nosso protesto era de poucas pessoas. Não fizemos barulho e guardamos os cartazes. Beijar não é crime. Ele nos chamou de “cachorrinhas”. Fiquei em choque, indignada. Não acreditava que aquilo estava mesmo acontecendo. Não esqueço que ele disse que nossas famílias deveriam ter vergonha “dessas criaturas”— disse Yunka, que explicou que o beijo era de protesto, mas também de namoro.

Se foram de fato agredidas, isso é absolutamente condenável, não resta dúvida. Mas esse episódio mostra, uma vez mais, quem são os mais intolerantes nessa história toda. Dica: não parecem ser os evangélicos.

Para começo de conversa, é importante ressaltar que pegar Marco Feliciano como ícone de um movimento dito “conservador” é conveniente para o movimento gay. É caricato demais. Um espantalho fácil de derrotar. Muitos repudiam o movimento gay (não confundir com os gays em si) e, ao mesmo tempo, repudiam o pastor também.

Em segundo lugar, não era um simples beijo inocente como as garotas dão a entender. Foram lá para isso, para chocar, para prejudicar o culto religioso, para avacalhar com a liberdade dos crentes. Grande tolerância!

 

O exercício hipotético que podemos fazer é o seguinte: qual seria a reação dos membros do movimento gay se o Feliciano e seus crentes fossem nas passeatas gays com Bíblias nas mãos, gritando que aqueles pecadores vão arder no inferno, e tentando convertê-los na marra durante a festa? Pois é.

 

Alguém realmente acha que a reação seria pacífica e tolerante? Piada de mau gosto. Muitos do movimento gay já cansaram de demonstrar que se julgam acima das leis, que podem subir em mesa no Plenário para impor no grito suas ideias, que podem ridicularizar e até tocar no pastor durante um voo comercial, que podem hostilizar passeatas tranquilas de meia dúzia de membros da TFP.

Infelizmente, o movimento gay não parece mais lutar por direitos, e sim por uma agenda coletivista, autoritária e intolerante. São os “fascistas do bem”. Julgam-se detentores de uma causa tão nobre que não enxerga mais indivíduos do outro lado, e não quer saber de limites, nem mesmo os legais.

Marco Feliciano não me representa. Mas representa milhares de eleitores e milhões de crentes evangélicos, que merecem respeito, especialmente durante seus eventos religiosos. O movimento gay precisa entender isso. Caso contrário, vai apenas prejudicar os gays que querem apenas preservar sua liberdade individual, sem, todavia, impor essa agenda política de intolerância.

O movimento gay é contra todo tipo de preconceito, menos se for contra os religiosos. Assim não dá.

Comentário Rodrigo Constantino

Colunista da revista Veja.

 

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Quanto maior a ignorância bíblica, mais forte é o misticismo na Igreja Evangélica

 

Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Mateus 24:24

 

Algumas Igrejas evangélicas hoje são sinônimas de concentrações de pessoas e múltiplas manifestações físicas, gente que marcha como soldado de um lado para o outro, gente que fica rodopiando e gesticulando como animais, ruídos estranhos, experiências de “sair” do corpo e voar por cima das outras pessoas, visões de anjos e pétalas de rosas caindo do céu, visões de entidades monstruosas, viagens ao céu, viagens ao inferno, enfim, fanatismo e êxtase.

As pessoas querem transcender. A busca da embriaguez mística é o objetivo dos cultos. Falar em linguagem estranha, ter visões e “profetizar”, ser arrebatado em espírito, “voar”, etc. Essas coisas, sem moderação têm muito mais semelhança com o misticismo afro-indígena.

Em geral, a religiosidade evangélica de hoje está abraçada a uma espécie de neopaganismo. O conceito do panteísmo ganhou nova roupagem. Deus agora “é fácil”. A Bíblia não é mais a única regra de fé e prática como diziam os antigos cristãos. Hoje  quanto maior a ignorância bíblica dos membros, mais forte o misticismo.

A fórmula “mágica” é esvaziar o público de todo conteúdo bíblico  e encher as  de revelações subjetivas e emocionais. Temos adoradores com paralisia intelectual!

O movimento carismático é uma forma moderna de misticismo, porque é fundamentado não na doutrina dos apóstolos, mas num conceito de fé irracional e irreal. O movimento é atraente porque muitas pessoas não querem conhecer as Escrituras, mas querem “algo mais” querem uma “segunda benção”.

John MacArthur Jr., teólogo contemporâneo escreveu: “As experiências místicas não se alinham com a verdade bíblica, elas afastam as pessoas da verdade de Cristo. As pessoas começam a buscar experiências paranormais, fenômenos sobrenaturais e revelações especiais – como se nossos recursos em Cristo não fossem o bastante” (...) “Os sentimentos se tornam mais importantes do que a própria Bíblia”.

É nisso que dá não querer examinar as Escrituras. O povo não quer mais ler, não quer mais buscar a DEUS na Sua Palavra, preferem acreditar no lenço ungido, rosa, homem de fogo, mulher de fogo e todo tipo de bugigangas. As Pessoas desejam algo palpável, algo que possam ver. É a Síndrome de Tomé comendo solta. Esse negócio de "roda-pula-sapateia-marcha-bate-com-a-cabeça-na-parede-rola-pelo-chão-tira-a-gravata-pelo-pé-tira-o-sapato-pela-cabeça" não passa de puro misticismo e o misticismo não provem de Deus. Sou pentecostal, mas não sou um suicida intelectual. Deve ser por isso que sou mau visto pelos “donos da verdade”. Não concordo, e jamais concordarei, com certas "barganhas" no meio do povo que se diz cristão.

 

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O cúmulo da ignorância evangélica
Usarei deste texto como um meio para desabafar sobre coisas que me entristecem ao contemplar certas doutrinas cristãs. Sei que não é muito sensato citar nomes de ministérios, de pessoas, de atitudes alheias, mas quero quebrar o protocolo por um momento e discursar sobre a devassidão evangélica no mundo hoje.
Primeiramente gostaria de falar sobre a tristeza que sinto ao ver pessoas usando tão erroneamente a Palavra de Deus para sancionar suas tolas e    anti-bíblicas  doutrinas. Como é triste ver um homem que diz ser um apóstolo tomar textos Bíblicos como por  exemplo: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo dei,...”(Js 1,3); e através deste forjar um tipo de escapulário evangélico, uma meia(naquela época nem meia existia) e propagar em rede nacional que levou as tais meias para o monte sentou-se em cima delas para as ungir fazendo com que qualquer um que possuir(comprar) essa meia e a pôr nos pés onde pisar será próspero. Quanta mediocridade, quanta prepotência, quanta arrogância, primeiro pensar que por ter se autonomeado apóstolo tem a capacidade de ungir matérias físicas para que estas de forma miraculosa exerçam algum tipo de poder nas pessoas e em suas vidas; e segundo por que para quem conhece a verdade da Palavra de Deus sabe que tudo é da vontade de Deus, não é através de objetos “ungidos” que conseguirei coagir Deus a me abençoar, Ele nos abençoa de acordo com o que Ele sabe que é o suficiente para nós. Ao ver cenas como essa fico profundamente triste e estarrecido. Além de meia ungida, é o lenço do “Sê tu uma benção”, é a botija da água ungida, o carnê da prosperidade, o bastão com óleo ungido, rosa, chave, tijolo da prosperidade, etc.; até onde vai essa atitude herética contrapondo-se a verdade de Deus? Levantemos nossas vozes e proclamemos nossa indignação contra esses anátemas pregadores. Enquanto nos mantermos no anonimato milhões de pessoas estão sendo ludibriadas por esses falastrões. Antigamente me persuadiam para que não tomasse prematuramente posições contrárias às pessoas, pois poderia ser um ato de julgamento, e me diziam que julgar é errado. Mas ao avaliar os fatos que essas pessoas fazem não me vejo com outra opção a não ser juntar as provas e depor  contra esses medíocres “profetas”. E o pior de tudo é que esses “profetas” herdaram a sagacidade do Diabo, pois eles já se defendem com argumentos chulos antes de serem acusados naquilo que eles sabem que estão fazendo de errado e milhares de pessoas que não gostam de utilizar a mente racional para deduzir o óbvio se utilizam desses argumentos diabólicos, por exemplo: Um “apóstolo” se defende aos seus seguidores dizendo a respeito dos que “perseguem” seu ministério, ele se utiliza de versículos bíblicos para sancionar que se perseguiram o ministério de Jesus e de seus discípulos ele não estaria imune dessas perseguições, e faz a cabeça de seus seguidores como que toda palavra que seja contrária a dele sejam palavras instigadas pelo inimigo. Mas uma coisa é preciso ser dita: “Jesus valia-se de objetos para que expandisse seu ministério?”, “os apóstolos não propagaram o reino de Deus tão somente declarando Jesus Cristo e este crucificado?”, “a marca da igreja primitiva não foi o amor, ou tinha naquela época objetos que aumentavam a fé das pessoas?”.


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domingo, 27 de outubro de 2013

Religiosos ou evangélicos: por que somos tão prepotentes?

Se nós temos uma ideologia ou modo de pensar e as pessoas não concordam conosco já partimos para a descriminação, e isto é em qualquer religião, aliás, é o grande mal dos evangélicos e crentes.
Cheguei à conclusão de que tudo isso é provocado por uma empáfia, arrogância e convencimento que só colaboram para que pessoas se afastem, isto não é humildade. Veja o exemplo de humildade de duas pessoas.
Mandela é a imagem da reconciliação e do perdão na África.                                             Militante mais famoso da luta contra o apartheid, Nelson Mandela virou ícone mundial da reconciliação e do perdão desde que foi libertado.
Sua libertação em 1990, depois de passar 27 anos nas celas do regime segregacionista, "Um ícone mundial da reconciliação". Esta definição do arcebispo anglicano Desmond Tutu resume o principal legado de Mandela: transformar, sem rancores, um país desunido em uma democracia multirracial e estável.
Que vergonha para nós que apenas pregamos a humildade para os outros praticarem, nos não.
Outro exemplo:
O blogueiro evangélico Gutierres Fernandes do blog Teologia Pentecostal fez uma postagem acerca da vinda do Papa Francisco ao Brasil.
Foi uma postagem bastante sensata e sincera. Inclusive quando diz que a humildade de Francisco não é capaz de redimir os cristãos, mas é um exemplo de Novo Nascimento, o que esta em falta em nosso meio.
Mas o ponto forte da mensagem é a comparação entre a humildade do Papa e o estilo de vida dos pastores evangélicos:                                                           Francisco é um exemplo de humildade. Isso é ótimo. Quantos pastores arrogantes precisam que os seus auxiliares segurem suas malas? Já o papa Francisco, ainda como chefe de Estado, anda em avião comercial e carrega sua própria maleta. Francisco é um exemplo para muitos cristãos prepotentes,            inclusive entre aqueles que se dizem ministros do Evangelho.                                  Quisera eu que a mensagem contra a ostentação entrasse no coração de muitos lideres evangélicos arrogantes.                                                                                                      Cansei de ver pastores e pregadores vaidosos. “A humildade anda em falta em nosso meio.”
Nos programas de radio  tv,  e pior anda  nos templos, além do dialeto intrínseco da categoria, infelizmente os pastores adotam um discurso agressivo e desprovido de qualquer toque de humildade. “Nós somos”, “Nós fazemos”, “Nós acontecemos”. Uma linha calcada na falta de dialogo e total imposição de ideias. Não há convencimento ou um processo baseado no carinho ou na transparência, é paulada todo santo dia.
A arrogância gera os frutos que não queremos. Ao invés de darem exemplo de amor, harmonia, solidariedade, tolerância, paciência, os conceitos presentes no nosso dia a dia eclesiástico se constituem em prosperidade, individualismo, poder, preconceito, etc, etc, etc.
Agora, feita a ressalva, confesso que já fui extremamente anticatólico, mas deixei de ser. Por que escrevo isso? Ora, como cristão protestante carismático (pentecostal) observo entre os meus irmãos de religião uma idolatria e uma superstição igual ou se não semelhante ao catolicismo popular. Se vejo um católico idolatrando determinada imagem, vejo também em meu meio uma idolatria exagerada em relação a pastores megalomaníacos e bispos arrogantes. Vejo evangélicos supersticiosos, ignorantes de Bíblia e desprezadores de qualquer forma de pensar que não seja a sua ou de seu líder ídolo.                                                                                                                        Portanto, qual a diferença entre católicos e crentes em alguns templos onde a imagem do pastor é posta como um verdadeiro Deus?
Do jeito que está o cenário não há previsão de mudança: os evangélicos e crentes (dos quais me incluo) se acham os donos da cocada preta e detentores do monopólio da verdade; do outro, a sociedade perplexa diante de tamanha empáfia, sandálias da humildade para todos nós viu!
Houvesse mais evangélicos lúcidos haveria dialogo ehumildade, e não intolerância e fanatismo.


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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A importância de congregarmos
   É normal ouvirmos de pessoas que não possuem comunhão com Deus, as afirmações de que não precisam pertencer a uma igreja, pois Deus se encontra em todo lugar. Além dessas pessoas, também tem surgido um grupo de religiosos que defendem essa doutrina do individualismo Cristão. Mas seria mesmo essa afirmativa correta? A resposta é NÃO.                                          Primeiramente vamos analisar a lógica:  Quando uma pessoa é amante do futebol e quer assistir aos jogos pessoalmente, para onde ela vai? Óbvio que é para o estádio.
Quando a pessoa é dependente químico e deseja se libertar do vício, o lugar mais conhecido é o A.A (Alcoólatras Anônimos ), quando a pessoa é alcoólatra e não deseja largar o vício, essa procura os bares da vida, quando a pessoa possui um dente cariado e quer tratá-lo, logo procura um consultório odontológico, e assim por diante. Baseado nessas atitudes eu deixo uma pergunta para reflexão: Por que, quando precisamos buscar a Deus, não frequentar um templo onde se reúnem pessoas que sentem a mesma necessidade, inclusive mais preparadas do que nós em termos de estudo sobre o assunto?
 Agora vamos analisar o que diz a Bíblia, a respeito dessa necessidade de congregar em uma igreja:
Desde o Antigo Testamento nós vemos nas Escrituras Sagradas a necessidade de congregar, a prova disso é o tabernáculo, um templo móvel cuja criação foi ordenada por Deus, ao qual o próprio chama de santuário. O capítulo 25,26 e 27 do livro de Êxodo é completamente voltados para o assunto que diz respeito à criação desse templo.
Então falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.
No capítulo 6 do livro de 1 Reis, Salomão constrói o primeiro Templo fixo, que por sinal já era da vontade de seu pai Davi edificar tal construção.  1 Reis 6,7 e 8 são capítulos completamente voltados para a construção do templo de Salomão.
 “E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os”.
Jesus Cristo não só estava dentro do templo, como também entrou lá para tratar dos negócios do Pai.
Por fim, deixo os registros bíblicos que falam da importância de congregar:
“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!
“Alegrei-me quando me disseram: Vamos a casa do SENHOR.” (SALMOS 122:1)
“A meus irmãos declarei o teu nome; cantar-te-ei louvores no meio da congregação;   (SALMOS 22:22)
Se for uma congregação  que honre a Deus não importa a denominação.
“Não deixemos de congregar-nos, como é de costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.” (HEBREUS 10:25)
Então tire suas conclusões.


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domingo, 20 de outubro de 2013

  Deus é fiel não usa dois pesos e duas medidas

É de costume de alguns irmãos justificarem seus erros apontando passagens que se referem a pecado de personagens bíblicos. Mas esquecem de ler o contexto, pois todo pecado traz consigo a consequência, como o de Davi, que analisaremos a seguir:
Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher.                                                                              Quão dura são  essas palavra vindo do todo poderoso!
Assim diz o SENHOR: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol.                                                                                                                                                         Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol.(2 Samuel 12:10-12)   
  O texto bíblico que apresentei acima trata-se da repreensão de Deus a Davi, por intermédio do profeta Natã. Davi havia cometido o pecado de adultério, cobiçou, tomou para si e coabitou com a mulher de Urias, chamada Bate-Seba, e dessa relação ela engravidara.
   Davi achou que ficaria tudo bem, pois tudo ficaria em oculto. Para se redimir do erro, enviou o soldado Urias (marido de Bate-Seba) em uma frente de guerra para morrer, assim Davi assumiria oficialmente Bate-Seba como esposa. Se esquecera  Davi que para o Deus de Israel nada fica em oculto e nada passa desapercebido.
   Assim também tem acontecido nos dias de hoje: Muitos cristãos brincando com a palavra do SENHOR, achando que seus pecados estão encobertos, mas se esquecem de que Deus tem visto suas atitudes.
   Davi pagou um alto preço pelos seus erros, e vou enumerar alguns para reflexão:
1º -  O filho desse dessa relação pecaminosa entre Davi e Bate-Seba morreu, pois Deus avisou que levaria a criança. (Samuel 12:18)
2º -  Um dos filhos de Davi, chamado Amnon, estuprou sua irmã, a filha de Davi chamada Tamar. (2 Samuel 13:1-14)
3º -  O filho de Davi chamado Absalão, mata seu irmão Amnon. (2 Samuel 13: 23-32)
4º - O filho de Davi Absalão persegue Davi, com o intuito de tomar seu reinado. (2 Samuel 15 em diante)
5º - O filho de Davi chamado Absalão, teve relaxão sexual com as mulheres do pai em praça pública. (2 Samuel 16:22)
6º - O filho de Davi chamado Absalão é morto, e Davi lamenta sua morte. (2 Samuel 18:9-33)

Tudo aconteceu como profetizou Natã:
   Esses acontecimentos poderiam ser evitados se Davi evitasse o pecado. A pergunta que faço é: E você, que tem usado a Bíblia para justificar seus erros, está preparado para colher às consequências?


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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Minhas Almas
Desde os tempos dos apóstolos, vemos pessoas arrastando após si multidões (At 5:35-37), sem contudo isto referendar sua pregação ou ministério. O mesmo acontece nos nossos dias.
Uma multidão não referenda um ministério. Muitos seguidores não significam a aprovação divina para o ministério ou para o obreiro! Sinais, milagres e maravilhas nada significam, uma vez que falsas religiões os praticam, e que Jesus foi categórico que muitos que fizeram tais sinais serão rejeitados no juízo (Mt 7:21-23). O uso de almas como contabilidade ministerial só revela a falta de escrúpulos do obreiro, sua tentativa forçada de ser reconhecido e respeitado pelos seus opositores e sua incompreensão ao verdadeiro sentido de ganhar almas para Deus!
Hoje também é costume se contar almas. Isto é muito feito no interior das igrejas, onde a quantidade de discípulos atraídos é sinal de status e a prova definitiva de que Deus está operando naquele lugar, aprovando o que lá acontece. Quando há qualquer questionamento doutrinário ou comportamental, alguém logo sai em defesa de seu “ungido” e perguntam quantas almas o questionador já ganhou; caso ele já tenha ganhado algumas ou muitas, vamos comparar as quantidades para ver quem tem mais poder, mais autoridade, mais credibilidade, mais unção...
Eu não me preocupo com quantidade de almas ganhas, porque a parábola do servo inútil parece ter sido contada pelo Senhor Jesus exatamente para ilustrar esta situação (Lc 17:7-10). Não importa quantas almas eu já ganhei ou quantas vou ainda ganhar, pois almas não podem e nem devem ser computadas em estatísticas de poder ou credibilidade. Mesmo ganhas aos milhares, o objetivo de ganhar almas jamais poderá ser para o engrandecimento do pregador, e sim do Reino. Pregar o Evangelho é nossa obrigação; ganhar almas é tarefa não nossa, mas do Espírito Santo. Assim, quando eu "ganho uma alma para Jesus" nada mais fiz que simplesmente pregar o Evangelho. Coube ao Espírito Santo convencer o ouvinte e conduzi-lo a Cristo. Fui apenas um "moleque de recados". A obra foi totalmente feita por Deus, o plano de salvação, a vinda do Salvador, Sua morte expiatória e Sua ressurreição. A mensagem do Evangelho não é minha, nem da minha igreja, nem do meu ministério. As almas, finalmente, não são ganhas para a nossa glória, mas para a glória de Deus!
Além disto, há pessoas que não as ganham, mas ajudam almas ganhas por terceiros a crescer (1 Co 3:1-9). Paulo não vê diferença entre um e outro. Outras ganham almas e nem tomam conhecimento disto. Há pessoas evangélicas que trabalham  secularmente em ambiente hospitalar. Todos os dias elas tem acesso aos leitos e prega o Evangelho aos enfermos. Apresenta-lhes rapidamente a Palavra de Deus, mostra-lhes Jesus como o único que pode lhes trazer a salvação, faz um apelo para que o enfermo o aceite como único salvador e ora por eles. Às vezes eles aceitam outras vezes não. Mas elas não desistem. Prega o Evangelho a todos, não sabe quantas almas já ganhou para Cristo. Não se torna um grande pastor, com uma multidão de seguidores após si. Quem realmente não quer se engrandecer diante dos homens e das mulheres, Não precisa ser nomeado para poder fazer uma grande obra para o Senhor. Só tomará conhecimento de quantas almas ganhou apenas na gloria. E o melhor: não tem do que se gloriar da quantidade de almas que já ganhou. Sabe que não passa de um servo inútil, que está fazendo não mais que a sua obrigação. As almas só lhe serão computadas para efeito de galardão!
Quantidade, no aspecto de “contabilidade de almas”, não significa nada! Não nos compete contá-las para usar seu número para nossa própria glória. Aliás, esta parece ser a grande causa do castigo divino sobre o recenseamento promovido por Davi em Israel (2 Sm 24).Que explicação melhor encontraríamos para tão grande castigo, senão o orgulho de ser líder de uma igreja numerosa.
A maioria das pessoas está, no desempenhar de seus “ministérios”, querendo na verdade ser maiores ou melhores que o próprio Mestre. Este é o problema central da coisa! Queremos ser maiores e melhores!
Não adianta atrair ninguém para si ou supostamente para Cristo, se não temos condições de guiar os que se achegam à luz da Palavra de Deus. Se alguém tem atraído multidões, mas com sua natureza bruta e sem amor afasta estas multidões da pura Palavra de Deus, não está ganhando ninguém para Cristo!

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sábado, 14 de setembro de 2013

O que gerou a Rebeldia ou divisão?
Muitos pastores batem no peito e orgulhosamente afirmam: "Esta igreja não é fruto de divisão nem de invasão!"
Parece-me que eles desconhecem a história da própria igreja que presidem ou cooperam (ou querem apagar alguma mácula ou memória do passado). Pior, parece-me que eles desconhecem a própria história. Podem inclusive estar entorpecidos pelo desejo de ser diferente, de estar acima da média, de ser melhor do que os outros.
Muitas denominações nasceram de uma divisão ou dissidência. A história é clara. Não há nenhum demérito nisto. Em nada este fato diminui o trabalho dos pioneiros, nem de todos aqueles que contribuíram e contribuem para o crescimento da igreja.
O problema do surgimento ou criação de uma igreja não é ter sido resultado de uma "divisão", mas, da causa da divisão.
"Deus, não é Deus de divisão!" bradam alguns. A questão é: de qual divisão Deus não é Deus? Será que estes tais já leram o texto bíblico abaixo:
"Tendo Roboão chegado a Jerusalém, convocou toda a casa de Judá e a tribo de Benjamim, cento e oitenta mil homens escolhidos, destros para a guerra, para pelejarem contra a casa de Israel a fim de restituírem o reino a Roboão, filho de Salomão. Veio, porém, a palavra de Deus a Semaías, homem de Deus, dizendo: Fala a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a toda a casa de Judá e de Benjamim, e ao resto do povo, dizendo: Assim diz o Senhor: Não subireis, nem pelejareis contra vossos irmãos, os filhos de Israel; volte cada um para a sua casa, porque de mim proveio isto. E ouviram a palavra do Senhor, e voltaram segundo o seu mandado." (1 Rs 12.21-24)
Deus declara em sua palavra que a divisão das tribos foi provida por ele, não é a divisão em si mesma, mas são as causas que promovem uma divisão que importam que sinalizarão se é necessária ou não, se é aprovada (ou tolerada) ou não por Deus . No caso do texto citado acima, a divisão foi resultado da arrogância, loucura, prepotência e orgulho de Roboão, que o levou a oprimir o povo de Israel (1 Rs 12.1-20).
A postura de Roboão é imitada atualmente por muitos líderes de igrejas no Brasil e no mundo. São agentes opressores que acabam promovendo divisões. No fim, para livrar a cara, chamam os que não suportam ou se indignam com a opressão de rebeldes e facciosos.
No Novo Testamento encontramos um caso clássico de divisão:
"Decorridos alguns dias, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar os irmãos por todas as cidades em que temos anunciado a palavra do Senhor, para ver como vão. Ora, Barnabé queria que levassem também a João, chamado Marcos. Mas a Paulo não parecia razoável que tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os tinha acompanhado no trabalho. E houve entre eles tal desavença que se separaram um do outro, e Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. E passou pela Síria e Cilicia, fortalecendo as igrejas." (Atos 15. 36-41)
Isso mesmo, Paulo e Barnabé se desentenderam e se separaram. Até homens de Deus se desentendem e se separam. Cada um seguiu o seu caminho. Qual dos dois foi o rebelde? Qual dos dois deixou de ser abençoado por Deus em razão da "divisão"?
Estou aqui fazendo apologia a qualquer tipo de divisão? Deus me guarde disso! Sei que há milhares de divisões promovidas e mantidas por Satanás e seus demônios. Há ainda outras divisões, resultado do desejo cego de alguns homens ou mulheres  pelo poder ou para tirar alguma vantagem pessoal da situação. Há também divisões causadas e mantidas por uma vida de baixa moral e testemunho cristão duvidoso daqueles que fazem o “ministério” ou "liderança". O que afirmo, é que usar o termo "divisão" de forma imprópria, para justificar um sentimento de orgulho pessoal e o desejo de parecer melhor que os outros, é uma falácia e um autoengano.
E o que falar da Reforma Protestante? O racha no catolicismo romano, promovido pela coragem de Lutero, em face de opressão e aos absurdos doutrinários da liderança católica, do qual todos nós protestantes, de alguma forma somos fruto.
Exemplo, as Assembleias de Deus no Brasil nasceram de uma divisão ocorrida na Igreja Batista de Belém, no dia 13 de junho de 1911. Uma divisão causada pelo fato de um grupo de dezoito irmãos afirmarem publicamente que criam no Batismo com o Espírito Santo, evidenciado pelo falar em outras línguas. Este fato causou a expulsão do grupo, juntamente com os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren.
Mas por qual razão foram expulsos? Foram expulsos em razão de não negociarem a verdade de Deus, por não se renderem a pressão sofrida. Foram expulsos por suas convicções inabaláveis.
Para muitos, os nossos pioneiros são os responsáveis diretos pela cisão naquela igreja. São tidos por rebeldes, juntamente com os dezoito irmãos que de lá saíram. O grupo de "rebeldes" cresceu e tornou-se a maior denominação evangélica do país.
Nenhum líder cuja história da chegada e fundação da igreja no pais ou região , pode  bater no peito e dizer que sua igreja não surgiu de divisão ou dissidência. Se escapar de Belém, acaba não escapando da Reforma Protestante.
Milhares de irmãos, das mais diversas denominações ou Convenções no Brasil, são chamados de rebeldes, tratados com indiferença, vistos como "leprosos e impuros", "crentes de segunda, terceira, quarta... categoria", por congregarem em igrejas que surgiram da ganância, da opressão e da arrogância de líderes inchados, sectários, pretenciosos, vaidosos e pedantes, que não respeitam o próximo, não sabem conviver com diferenças de opiniões, que não conversam e discutem que tentam impor a força os seus caprichos ou pontos de vistas. A postura desses líderes, não apenas gera divisão, mas fomenta, alimenta e perpetua as já existentes.
Da próxima vez que falarmos de "divisão", em vez de acusações irônicas e iradas, sejamos mais prudentes e cuidadosos. Deus pode estar diretamente envolvido neste negócio! Em vez de perder tempo e energia com isto, continue pregando o evangelho e cuidando com temor e respeito das “suas” ovelhas.
Quem sabe, fazendo assim, não evitamos uma nova "divisão"?
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A nossa falta de amor tem nos levado a cegueira espiritual

Quando os discípulos "lembraram" Jesus de despedir as multidões, não estavam preocupados com o bem estar daquelas pessoas, ao contrário, estavam preocupados consigo mesmos, pois, como promotores daquele evento, eles poderiam ser acusados de serem irresponsáveis por atrair tanta gente para um lugar deserto, sem água nem comida. E se a situação ficasse tensa, quem poderia conter a fúria de uma multidão com fome?
Lembre-se que este fato ocorreu logo após a decapitação de João Batista (Mateus 14.1-12) e eles talvez estivessem com receio de que algo ruim também pudesse lhes acontecer.                                                                                                                                    Alimentar aquelas multidões era um tremendo desafio, do qual os discípulos tinham medo. Suas atitudes revelam o quanto o medo dos desafios pode nos cegar:
1. Falsidade - vs 15.
    O discurso deles era muito bonito ("O lugar é deserto, e a hora é já passada; despede as multidões, para que vão às aldeias, e comprem o que comer").                                     Mas, o que realmente eles queriam dizer era: "Jesus, livre-se dessa gente, antes que tenhamos problemas".
    O medo nos cega ao ponto de não percebermos que estamos agindo com falsidade. O bonito discurso dos falsos que dizem que amam, não passa de uma desculpa para não se envolver com as pessoas que precisam dele, no primeiro teste eles mostram as garras de desamor. Jesus combate esta atitude dizendo: "Eles não precisam ir embora".
2. Desamor
    O versículo 21 nos fala que havia mulheres e crianças naquela multidão.
    Quanto desamor por parte dos discípulos, não é mesmo? Como puderam pensar que o Nosso Senhor Jesus fosse permitir que homens, mulheres e crianças famintas voltassem à noite, caminhando em vão atrás de alimento em lugares desertos e pequenas vilas sem recurso? Hoje não é diferente!
    É dessa falta de amor que nos fala Tiago: "Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma".
    O medo nos cega ao ponto de não percebermos que estamos agindo com desamor. O bonito discurso dos hipócritas não passa de uma maneira de se livrar das pessoas o mais rápido possível, sem realmente se importar como elas irão resolver os problemas mais imediatos que as afligem. Jesus combate esta atitude dizendo: "Dai-lhes vós de comer".
3. Perda do foco
    Ao invés de fixar os olhos na solução (Jesus), olharam o problema (a fome da multidão).
    Ao invés de fixar os olhos nos recursos ilimitados de Deus (Jesus - O Pão que desceu do céu), olharam seus míseros cinco pães e dois peixes.
    Ao invés de fixar os olhos na maravilhosa oportunidade de testemunhar do grande amor de Deus, olharam para seus próprios umbigos, preocupando-se consigo mesmos (com medo de se darem mal).
    O medo nos cega ao ponto de não percebermos que estamos perdendo o foco do cristianismo genuíno. O bonito discurso dos medrosos não passa de uma manobra para deixar passar as oportunidades que surgem à sua frente de mostrarem a verdadeira filantropia que dizem ser a igreja, e testemunhar do amor e do poder de Deus.
    Jesus combate esta atitude dizendo: "Trazei-mos aqui (os vossos poucos recursos eu multiplicarei)".
Conclusão:
O medo dos grandes desafios que Deus tem colocado à nossa frente nos leva à falsidade, ao desamor e a perder o foco do cristianismo genuíno. Mas, graças a Deus, Jesus sempre age em sentido contrário, fazendo-nos enfrentar as situações e incentivando-nos a aproveitá-las para darmos testemunho do amor e do poder de Deus.

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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Refletindo sobre a obediência cega

"Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados" (Sl 32.9).
Na minha curta caminhada cristã tenho-me deparado com várias situações deprimentes entre irmãos. Digo isso não porque sou perfeito ou melhor que ninguém (Fl 2.3), mas pelo fato de não ser, nem um pouquinho, admirador de hipócritas (Mt 23), nem muito menos costumo agir como eles. Pelo contrário, sempre, procuro melhorar a cada dia, tendo a infinita graça de Deus como pilar indispensável à minha vida.
Como de costume - para variar... (risos) -, serei objetivo em minhas singelas palavras e começarei por uma pergunta: “Por que muitos de nós, ao ouvirmos quaisquer palavras de alguém que tem ‘posição’ na igreja, as recebemos e assimilamos passivamente, sem que antes façamos uma básica reflexão, na mais medíocre das hipóteses”? Onde há pecado em se refletir profundamente sobre o que nos é transmitido, independente de quem seja a pessoa ou de que 'patamar' esteja falando?
Às vezes um cavalo preso a uma levíssima cadeira de plástico pode morrer se não houver quem o liberte. Já entendeu a mensagem aí? Se não, explicarei: Quantas pessoas, sem refletir aceitam palavras de outros, permanecendo reféns de uma obediência cega? Esses crentes sequer percebem que são livres, e que o Evangelho de Cristo Jesus já nos outorgou a verdadeira liberdade (2 Co 3.17; 1 Co 3.16), que não deve ser confundida com libertinagem.
A obediência cristã verdadeira não é cega. A obediência cega só faz sentido na caserna. O militar sim precisa obedecer cegamente. O homem de fé questiona a outro homem falível até o fim e só após estar convicto do significado, diz sim.
Será que realmente nos damos o direito de questionar a ideia que fazemos de Deus, ou tudo o que falam dele é inquestionável?                                                                                  Se não, é porque não somos capazes de obedecer realmente, pois quem não questiona, não entende, não elabora nem pode assumir como verdade.                               Só é possível assumir de fato uma verdade quando a questionamos, a pesquisamos, a enxergamos sob vários ângulos e principalmente, quando nos damos o direito de duvidar e de esclarecer as nossas dúvidas. Só diante da resposta que obtivermos, depois de entendermos o seu significado, podemos dizer sim.
A Igreja nos propõe dezenas de dogmas. Quem de nós já questionou esses dogmas?
A quem assume que não entende os dogmas, meus parabéns! Isso indica que você está no bom caminho, porque os dogmas não foram criados para serem engolidos, mas para serem refletidos longamente, às vezes por anos, para que então possam verdadeiramente ser compreendidos em seu significado. Só então é possível assumi-los como verdade, e não antes disso.
Será que fazendo assim deixaremos de ser crentes?
Que todos nós ultrapassemos a obediência cega e façamos dela um ato de vontade própria, consciente, livre e responsável. A cegueira não nos leva a nenhuma resposta existencial na vida. Assumir o verdadeiro significado da vida é o que nos faz existir.
Não hajamos "como" o cavalo, pelo amor de Deus (At 17.11; 1 Ts 5.21)! Já bastam os cavalos, mulas, burros etc. para serem montados...
Para poder obedecer a um porta voz, é preciso entender o porquê se deve obedecer, afinal de contas “nem sempre a voz do povo é a voz de Deus”.

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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Devemos obedecer cegamente aos lideres ?

O cristão que quer ter vitória em sua vida deve ter um comportamento de obediência em relação ao seu pastor. A obediência às autoridades eclesiásticas é tão significativa quanto orar e jejuar muito. O cristão que desobedece ao pastor, com atos de rebeldia, e não reflete nas regras das autoridades, é um cristão derrotado!
O pastor é um homem usado por Deus, não é Deus, portanto devemos obedecer e acatar qualquer decisão vinda do nosso pastor? O que diz a Bíblia: "Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; (Colossenses 3:22)  Note neste versículo que a obediência deve ser "temendo ao Senhor", e não temendo ao homem. (1 Timóteo 6:3) Mas toda essa obediência ao pastor, que é bíblica, não pode ser cega! Mas como assim cega? Veja bem, Deus jamais irá confundir a sua vida em nada. "Porque Deus não é Deus de confusão". (1 Coríntios 14:33). Nenhuma ordem de nenhum líder pode ultrapassar a Bíblia Sagrada.  O líder que é usado por Deus não cria confusões com invejas, ciúmes de púlpito, e outras intrigas que não caracterizam a sabedoria que do alto vem. Por esse e por outros motivos, o cristão deve buscar o conhecimento da verdade da Palavra de Deus, pois o libertará dos medos, dos achismos, dos ismos do meio evangélico, que só causam dúvidas, ao invés de fé e crescimento em Deus. Agora eu aqui escrevo por mim , preciso aprender mais , buscar mais , orar mais , jejuar , não quero jamais eu   
O Pastor um homem de Deus, um profeta, anjo da igreja tem direitos e deveres de afastar os desobedientes a palavra de Deus do cargo que exerce dentro da igreja, mas não tem o direito de tirar o chamado que Deus tem na vida de cada um.
O apóstolo Paulo adverte que ainda que ELE MESMO ou até mesmo um anjo do céu pregar outro evangelho, que seja anátema - expulso do vosso meio. Ou seja, Paulo não atribui nem a ele uma obediência cega, sem base no Evangelho de Cristo. Por isso, é responsabilidade do cristão obediente, ler e estudar as Escrituras com afinco, afinal, ele vai obedecer ao Senhor Jesus, que ordenou em João 5:39: "Examinai as Escrituras". Bom lembrar-se dos crentes bereanos de Atos 17:11, em que tudo que Paulo e Silas pregavam, eles conferiam com as Escrituras, e assim aceitavam. E a bíblia diz que eles foram mais nobres que os de Tessalônica, porque receberam a palavra.
O cristão deve analisar a sua obediência à luz das Escrituras, pois toda doutrina deve ser segundo o Evangelho de Cristo, como o apóstolo Paulo ensinou:
A obediência cega é fruto de manipulações, sem livre-arbítrio, característico na maioria das seitas diabólicas. O líder é visto como um semi-deus, e o que ele falar é "Deus falando", independente de estar ou não de acordo com as Escrituras Sagradas. Identificamos essas manipulações, quando os líderes não dão respostas satisfatórias, e dizem que é pecado o membro questionar a liderança, pois o seu dever é "somente obedecer e acabou!" Os versículos bíblicos são isolados, não são claros (podendo ter significado para outros assuntos). Ou seja, nunca há uma base bíblica concreta. Em Jonestown, no ano de 1978, o pastor Jim Jones obriga 900 pessoas a tomarem veneno, dizendo ser uma ordem de Deus. Sempre haverá questionamentos e dúvidas por parte dos membros. Jesus, sendo o Filho de Deus, nunca se negou a responder a quem o questionasse:
Em todos os Evangelhos você pode perceber que Jesus citava os livros de Moisés, de Isaías, respondendo aos que o interrogavam, e ainda os deixavam sem resposta, e sem poder perguntar mais nada. Jesus nos deixou o exemplo, para sermos seus seguidores, seus imitadores, em ter conhecimento da Palavra.                                                                                             Quando o cristão não busca conhecimento da Palavra de Deus, e apenas obedece ao pastor, ele deixa de ser servo de Deus, e se torna servo dos homens.
Perguntar, querer um esclarecimento sobre determinado assunto, não é pecado, jamais o pode ser. Se a dúvida for sincera, se a pergunta é com o real interesse de se obter respostas claras, isso não pode ser visto como carnalidade ou desobediência. Do contrário Paulo e Silas reprovariam os bereanos de Atos 17:11. Ou também Jesus não responderia aos que o interrogavam em sua época.
São muitos os pregadores espalhados pelo Brasil a fora, que adentram igrejas, casas, invadindo intimidades, "sentindo" corrigindo os outros com doutrinas de homens (roupas), tirando todo o lazer, a liberdade, o qual Deus nos deu como fruto do suor do nosso rosto. Cheios de malícia e maldade, e sem conhecimento nenhum da palavra de Deus, entregando revelações confusas, causando transtornos a famílias inteiras. E quando algum cristão começa a interrogá-los na Palavra, respondem que não gostam de "teologia". É muita hipocrisia! 
É preciso ter muito cuidado nos dias de hoje, pois muitos são os que se auto intitulam lideres, evangelistas, pregadores, doutrinadores, exortadores, sem nenhuma base  bíblica, sem amor, sem vida, sem paz. "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". (João 8:


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