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"Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam mas permanecem para sempre"

sábado, 14 de setembro de 2013

O que gerou a Rebeldia ou divisão?
Muitos pastores batem no peito e orgulhosamente afirmam: "Esta igreja não é fruto de divisão nem de invasão!"
Parece-me que eles desconhecem a história da própria igreja que presidem ou cooperam (ou querem apagar alguma mácula ou memória do passado). Pior, parece-me que eles desconhecem a própria história. Podem inclusive estar entorpecidos pelo desejo de ser diferente, de estar acima da média, de ser melhor do que os outros.
Muitas denominações nasceram de uma divisão ou dissidência. A história é clara. Não há nenhum demérito nisto. Em nada este fato diminui o trabalho dos pioneiros, nem de todos aqueles que contribuíram e contribuem para o crescimento da igreja.
O problema do surgimento ou criação de uma igreja não é ter sido resultado de uma "divisão", mas, da causa da divisão.
"Deus, não é Deus de divisão!" bradam alguns. A questão é: de qual divisão Deus não é Deus? Será que estes tais já leram o texto bíblico abaixo:
"Tendo Roboão chegado a Jerusalém, convocou toda a casa de Judá e a tribo de Benjamim, cento e oitenta mil homens escolhidos, destros para a guerra, para pelejarem contra a casa de Israel a fim de restituírem o reino a Roboão, filho de Salomão. Veio, porém, a palavra de Deus a Semaías, homem de Deus, dizendo: Fala a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a toda a casa de Judá e de Benjamim, e ao resto do povo, dizendo: Assim diz o Senhor: Não subireis, nem pelejareis contra vossos irmãos, os filhos de Israel; volte cada um para a sua casa, porque de mim proveio isto. E ouviram a palavra do Senhor, e voltaram segundo o seu mandado." (1 Rs 12.21-24)
Deus declara em sua palavra que a divisão das tribos foi provida por ele, não é a divisão em si mesma, mas são as causas que promovem uma divisão que importam que sinalizarão se é necessária ou não, se é aprovada (ou tolerada) ou não por Deus . No caso do texto citado acima, a divisão foi resultado da arrogância, loucura, prepotência e orgulho de Roboão, que o levou a oprimir o povo de Israel (1 Rs 12.1-20).
A postura de Roboão é imitada atualmente por muitos líderes de igrejas no Brasil e no mundo. São agentes opressores que acabam promovendo divisões. No fim, para livrar a cara, chamam os que não suportam ou se indignam com a opressão de rebeldes e facciosos.
No Novo Testamento encontramos um caso clássico de divisão:
"Decorridos alguns dias, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar os irmãos por todas as cidades em que temos anunciado a palavra do Senhor, para ver como vão. Ora, Barnabé queria que levassem também a João, chamado Marcos. Mas a Paulo não parecia razoável que tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os tinha acompanhado no trabalho. E houve entre eles tal desavença que se separaram um do outro, e Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. E passou pela Síria e Cilicia, fortalecendo as igrejas." (Atos 15. 36-41)
Isso mesmo, Paulo e Barnabé se desentenderam e se separaram. Até homens de Deus se desentendem e se separam. Cada um seguiu o seu caminho. Qual dos dois foi o rebelde? Qual dos dois deixou de ser abençoado por Deus em razão da "divisão"?
Estou aqui fazendo apologia a qualquer tipo de divisão? Deus me guarde disso! Sei que há milhares de divisões promovidas e mantidas por Satanás e seus demônios. Há ainda outras divisões, resultado do desejo cego de alguns homens ou mulheres  pelo poder ou para tirar alguma vantagem pessoal da situação. Há também divisões causadas e mantidas por uma vida de baixa moral e testemunho cristão duvidoso daqueles que fazem o “ministério” ou "liderança". O que afirmo, é que usar o termo "divisão" de forma imprópria, para justificar um sentimento de orgulho pessoal e o desejo de parecer melhor que os outros, é uma falácia e um autoengano.
E o que falar da Reforma Protestante? O racha no catolicismo romano, promovido pela coragem de Lutero, em face de opressão e aos absurdos doutrinários da liderança católica, do qual todos nós protestantes, de alguma forma somos fruto.
Exemplo, as Assembleias de Deus no Brasil nasceram de uma divisão ocorrida na Igreja Batista de Belém, no dia 13 de junho de 1911. Uma divisão causada pelo fato de um grupo de dezoito irmãos afirmarem publicamente que criam no Batismo com o Espírito Santo, evidenciado pelo falar em outras línguas. Este fato causou a expulsão do grupo, juntamente com os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren.
Mas por qual razão foram expulsos? Foram expulsos em razão de não negociarem a verdade de Deus, por não se renderem a pressão sofrida. Foram expulsos por suas convicções inabaláveis.
Para muitos, os nossos pioneiros são os responsáveis diretos pela cisão naquela igreja. São tidos por rebeldes, juntamente com os dezoito irmãos que de lá saíram. O grupo de "rebeldes" cresceu e tornou-se a maior denominação evangélica do país.
Nenhum líder cuja história da chegada e fundação da igreja no pais ou região , pode  bater no peito e dizer que sua igreja não surgiu de divisão ou dissidência. Se escapar de Belém, acaba não escapando da Reforma Protestante.
Milhares de irmãos, das mais diversas denominações ou Convenções no Brasil, são chamados de rebeldes, tratados com indiferença, vistos como "leprosos e impuros", "crentes de segunda, terceira, quarta... categoria", por congregarem em igrejas que surgiram da ganância, da opressão e da arrogância de líderes inchados, sectários, pretenciosos, vaidosos e pedantes, que não respeitam o próximo, não sabem conviver com diferenças de opiniões, que não conversam e discutem que tentam impor a força os seus caprichos ou pontos de vistas. A postura desses líderes, não apenas gera divisão, mas fomenta, alimenta e perpetua as já existentes.
Da próxima vez que falarmos de "divisão", em vez de acusações irônicas e iradas, sejamos mais prudentes e cuidadosos. Deus pode estar diretamente envolvido neste negócio! Em vez de perder tempo e energia com isto, continue pregando o evangelho e cuidando com temor e respeito das “suas” ovelhas.
Quem sabe, fazendo assim, não evitamos uma nova "divisão"?
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A nossa falta de amor tem nos levado a cegueira espiritual

Quando os discípulos "lembraram" Jesus de despedir as multidões, não estavam preocupados com o bem estar daquelas pessoas, ao contrário, estavam preocupados consigo mesmos, pois, como promotores daquele evento, eles poderiam ser acusados de serem irresponsáveis por atrair tanta gente para um lugar deserto, sem água nem comida. E se a situação ficasse tensa, quem poderia conter a fúria de uma multidão com fome?
Lembre-se que este fato ocorreu logo após a decapitação de João Batista (Mateus 14.1-12) e eles talvez estivessem com receio de que algo ruim também pudesse lhes acontecer.                                                                                                                                    Alimentar aquelas multidões era um tremendo desafio, do qual os discípulos tinham medo. Suas atitudes revelam o quanto o medo dos desafios pode nos cegar:
1. Falsidade - vs 15.
    O discurso deles era muito bonito ("O lugar é deserto, e a hora é já passada; despede as multidões, para que vão às aldeias, e comprem o que comer").                                     Mas, o que realmente eles queriam dizer era: "Jesus, livre-se dessa gente, antes que tenhamos problemas".
    O medo nos cega ao ponto de não percebermos que estamos agindo com falsidade. O bonito discurso dos falsos que dizem que amam, não passa de uma desculpa para não se envolver com as pessoas que precisam dele, no primeiro teste eles mostram as garras de desamor. Jesus combate esta atitude dizendo: "Eles não precisam ir embora".
2. Desamor
    O versículo 21 nos fala que havia mulheres e crianças naquela multidão.
    Quanto desamor por parte dos discípulos, não é mesmo? Como puderam pensar que o Nosso Senhor Jesus fosse permitir que homens, mulheres e crianças famintas voltassem à noite, caminhando em vão atrás de alimento em lugares desertos e pequenas vilas sem recurso? Hoje não é diferente!
    É dessa falta de amor que nos fala Tiago: "Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma".
    O medo nos cega ao ponto de não percebermos que estamos agindo com desamor. O bonito discurso dos hipócritas não passa de uma maneira de se livrar das pessoas o mais rápido possível, sem realmente se importar como elas irão resolver os problemas mais imediatos que as afligem. Jesus combate esta atitude dizendo: "Dai-lhes vós de comer".
3. Perda do foco
    Ao invés de fixar os olhos na solução (Jesus), olharam o problema (a fome da multidão).
    Ao invés de fixar os olhos nos recursos ilimitados de Deus (Jesus - O Pão que desceu do céu), olharam seus míseros cinco pães e dois peixes.
    Ao invés de fixar os olhos na maravilhosa oportunidade de testemunhar do grande amor de Deus, olharam para seus próprios umbigos, preocupando-se consigo mesmos (com medo de se darem mal).
    O medo nos cega ao ponto de não percebermos que estamos perdendo o foco do cristianismo genuíno. O bonito discurso dos medrosos não passa de uma manobra para deixar passar as oportunidades que surgem à sua frente de mostrarem a verdadeira filantropia que dizem ser a igreja, e testemunhar do amor e do poder de Deus.
    Jesus combate esta atitude dizendo: "Trazei-mos aqui (os vossos poucos recursos eu multiplicarei)".
Conclusão:
O medo dos grandes desafios que Deus tem colocado à nossa frente nos leva à falsidade, ao desamor e a perder o foco do cristianismo genuíno. Mas, graças a Deus, Jesus sempre age em sentido contrário, fazendo-nos enfrentar as situações e incentivando-nos a aproveitá-las para darmos testemunho do amor e do poder de Deus.

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