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"Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam mas permanecem para sempre"

domingo, 28 de setembro de 2014

Por que Deus prioriza o homem na família e no ministério?


 “As doutrinas são dos homens. Os dons vêm de Deus”. Creio que muitos irmãos (mulheres e homens) ainda não aprenderam que Deus adotou o princípio da prioridade, quando deu ao homem a incumbência de liderar a família e o ministério.

Mulheres podem pregar o Evangelho, orar pelos enfermos e desempenhar todas as tarefas de um seguidor de Jesus? Sim. Elas fazem parte da Grande Comissão? Sim. São cooperadoras de Deus? Sim. Então, por que não poderiam ser pastoras? Como sou homem, talvez a minha resposta a essa pergunta soe como machista. Por outro lado, quando mulheres defendem pontos de vista contrários ao machismo, alguns homens ficam com a impressão de que elas são feministas. Como resolver esse difícil impasse?

Homens e mulheres precisam entender que, independentemente das circunstâncias, a Bíblia sempre será a inerrante e infalível Palavra de Deus. Mulheres e homens não devem “legislar” em causa própria, e sim aceitar o que a Palavra do Senhor assevera acerca da priorização e da hierarquização estabelecidas pelo Senhor na família e no ministério.

Alguém dirá: “Deus não faz acepção de pessoas. Somos todos iguais. A Igreja não é como as forças armadas. Não existe hierarquia no meio do povo de Deus. Homens e mulheres podem ser pastores”. Quem diz que Deus não hierarquiza e prioriza deveria estudar passagens como Gênesis 1; Números 2; Atos 15.6,22; 1 Coríntios 12.28,29; 15.23; 1 Tessalonicenses 4.16,17; 5.23, etc. Observe especialmente os termos “primeiramente”, “em segundo lugar”, “em terceiro lugar”, “depois”, etc.

Em Isaías 43.7 está escrito: “a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória; eu os formei, sim, eu os fiz”. O ser humano não foi apenas criado por Deus. Ele foi criado, formado e feito para a glória do Senhor. Um edifício, antes de ser formado e feito, é criado por engenheiros e arquitetos, que fazem, antes da construção, o croquis, a planta, o projeto, etc. Formar é dar forma ao que foi previamente criado, concebido, projetado. A feitura, mencionada no texto bíblico, diz respeito ao acabamento da obra (cf. Gn 2.3).

Quem foi criado primeiro, o homem ou a mulher? Nenhum dos dois, pois ambos fizeram parte do projeto original de Deus. Na criação não houve priorização: “macho e fêmea os criou” (Gn 1.26). Quem foi formado primeiro? O homem. Segue-se que a priorização divina ocorreu na formação, e não na criação: “Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva” (1 Tm 2.13). Por que o Senhor não formou primeiro a mulher e, depois, tomou uma das costelas dela para formar o homem? Porque Ele é soberano e decidiu priorizar o homem (Gn 2.7,22).

No cristianismo genuíno não há espaço para machismo e feminismo, movimentos extremados que ignoram o princípio divino da prioridade. O primeiro adota o princípio da superioridade e considera a mulher inferior ao homem, enquanto o outro, adotando o mesmo princípio, demoniza o homem. No Corpo de Cristo, há lugar para ambos os sexos, desde que reconheçam, à luz das Escrituras, a sua posição.

Reconheço que muitos homens cristãos precisam reconsiderar a sua opinião acerca das mulheres, que, ao longo dos séculos, vêm sendo discriminadas, principalmente no meio religioso. Por que muitas irmãs em Cristo não aceitam a doutrina de Deus (e não de homens) quanto à submissão ao marido? Porque muitos esposos, autoritários, se consideram superiores às suas esposas e as desprezam.

Segundo a Bíblia, a relação entre homem e mulher deve ser, antes de tudo, de respeito mútuo (1 Co 7.3-5). Deus formou Eva a partir de uma das costelas de Adão (Gn 2.18-22) para demonstrar que a mulher não deve estar nem à frente nem atrás do homem, mas ao seu lado e de frente para ele, como adjutora e ajudadora, o que não denota inferioridade. Observe que Deus, infinitamente superior ao ser humano, é o nosso Ajudador (Hb 13.5,6).

Paulo compara a submissão da mulher à sujeição de Jesus (1 Co 11.3). Deus Filho e Deus Pai fazem parte da Trindade e são iguais em poder (Mt 28.19; Jo 10.30). Todavia, Cristo, por amor, e não por imposição do Pai, submete-se voluntariamente a Ele, recebendo dEle toda a honra (Fp 2.6-11). A Palavra do Senhor também afirma: “assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Ef 5.24). E Cristo não obriga ninguém a obedecê-lo.

A Bíblia não abona o igualitarismo feminista, mas também não avaliza o machismo. O termo “vaso mais fraco” (1 Pe 3.7) não foi empregado como sinônimo de inferioridade. Ele denota que a mulher é mais frágil, mais sensível e, por isso, deve ser amada e honrada pelo marido (Ef 5.25-29). Repito: o princípio que Deus adotou foi o da prioridade, e não o da superioridade, visto que Ele não faz acepção de pessoas (At 10.34). E o princípio da prioridade também vale para o exercício do ministério.

Quem não aceita o princípio bíblico da prioridade abraçará, inevitavelmente, “doutrinas de homens”, como o igualitarismo feminista. Alguns teólogos, ao não encontrarem nas Escrituras passagens claras em defesa do ministério feminino, têm afirmado que Paulo era contrário às mulheres, em razão de sua formação farisaica. Isso não resiste a uma exegese, pois nenhum machista aconselharia os homens a amarem a sua própria mulher (Ef 5.25), tampouco teria tantas mulheres como cooperadoras (Rm 16). Ademais, esse apóstolo se declarou imitador de Cristo (1 Co 11.1).

Se Paulo era machista, o que dizer de Jesus, que escolheu doze homens para compor o ministério da igreja nascente? Ele teria se enganado? Ou o Mestre tinha algum vínculo com fariseus, saduceus ou quaisquer grupos machistas de sua época? A Bíblia diz claramente que o Senhor “chamou para si os que ele quis” (Mc 3.13). Por que Ele não quis chamar algumas mulheres para figurar entre os seus apóstolos? Por que não chamou seis casais, por exemplo?

Na escolha dos primeiros diáconos, que poderiam vir a ser presbíteros ou apóstolos, caso tivessem chamada de Deus para tal e servissem bem ao ministério (Hb 5.4; 1 Tm 3.13), os apóstolos disseram: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões” (At 6.3). No primeiro concílio, em 52 d.C., os rumos da igreja foram traçados por homens (At 15). Em Apocalipse 2 e 3, são mencionados os pastores (homens) das igrejas da Ásia.

Alguns teólogos dizem que Júnias (ou Júnia) era uma apóstola. Mas, pelo que tudo indica, ele (e não ela) era apenas um cooperador de Paulo. Mesmo que Júnias fosse uma mulher, o texto bíblico não confirma o seu apostolado, pois não era comum uma mulher ficar presa com homens: “Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo” (Rm 16.7). Distinguir-se entre os apóstolos não significa, necessariamente, exercer o apostolado. Marcos e Lucas, por exemplo, não eram apóstolos e se distinguiram se notabilizaram, entre eles.

Nos tempos da igreja primitiva, as mulheres se ocupavam da oração (At 1.14) e do serviço assistencial (At 9.36-42; Rm 16.1,2). E algumas se notabilizaram como fiéis cooperadoras do apóstolo Paulo, como Febe, Priscila, Trifena, Trifosa, etc. (Rm 16), além de Lídia, a vendedora de púrpura (At 16.14). Não há nenhuma referência a mulheres exercendo atividades pastorais. Alguns defensores do pastorado feminino afirmam que Priscila era uma apóstola, mas, a despeito de ela ter sido citada com destaque (At 18.26), não há nenhuma referência que confirme seu apostolado.

“E as mulheres que estão no campo missionário dando a sua vida pela obra de Deus? Não podem elas exercer o pastorado?”, alguém perguntará. É claro que as regras têm as suas exceções. Mas não devemos nos valer destas para adotar condutas generalizantes, sem compromisso com as Escrituras, como o pensamento infundado de que todas as esposas ou filhos de pastores são automaticamente pastores.

Conquanto as mulheres sejam mencionadas com grande destaque nas páginas do Novo Testamento, aparecendo na linhagem e no ministério de Cristo (Mt 1.3,5,6,16; Lc 8.1-3), Deus priorizou os homens, em regra geral, no que tange ao pastorado e aos ministérios afins (Ef 4.8-11). Mas isso não significa que as mulheres não podem trabalhar para Deus.

Todos os salvos são cooperadores de Deus (1 Co 3.9). Mas precisamos aceitar a chamada soberana do Senhor para a nossa vida. Não devemos amoldar a Bíblia ao nosso modo de pensar nem às influências filosóficas prevalecentes no mundo. Por mais que nos sintamos contrariados, devemos renunciar o nosso eu (Lc 9.23), a fim de obedecermos à vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita (Rm 12.1,2).

Pra refletir

Ciro Sanches Zibordi


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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Não toqueis nos meus ungidos
A vasta maioria dos membros das assim chamadas "igrejas evangélicas" de todos os matizes - sejam protestantes, evangélicas propriamente ditas, pentecostais, carismáticas e da terceira onda - já tiveram a oportunidade, em um ou outro momento, de presenciar um pastor, presbítero, missionário, evangelista, apóstolo, profeta ou algo que o valha, subir ao púlpito de uma comunidade qualquer e mandar ver um sermão acerca de "não toqueis nos meus ungidos". Junto com o sermão, bastante impróprio, diga-se de passagem, vem um besteirol que beira realmente às raias do ridículo.

Estes sermões são todos motivados pelo conceito errado e realmente perverso de que aqueles que servem ao Senhor nas funções de pastor, presbítero, missionário, evangelista, apóstolo ou profeta etc, são realmente "servos especiais" que pertencem a uma categoria que é distinta de todos os outros crentes. Como "servos especiais", estas pessoas, pois existem homens e mulheres nesta categoria, imaginam que estão acima de qualquer tipo de crítica e que podem mandar e desmandar na Igreja do Senhor e no povo, porque, segundo eles mesmos, o Senhor lhes concedeu poder e autoridade "especiais". Por este motivo todo e qualquer criticismo, não importa a intenção, será confrontado vigorosamente através de vários mecanismos entre os quais se encontra o famigerado sermão acerca de "não toqueis nos meus ungidos".
Mas existem mesmos pessoas especiais para Deus? Existem mesmo pessoas que recebem um batismo com o Espírito Santo que é mais poderoso do que o batismo com o Espírito Santo que veio sobre todos os outros cristãos? Existe realmente uma unção que é maior, melhor, mais poderosa do que a unção com que o próprio Deus ungiu a todos os crentes no Senhor Jesus Cristo?
Não podemos ignorar que os pastores abusadores, não desistem de seus atos de abuso, mesmo quando as ovelhas saem dos seus redis. Estes abusadores perseguem as ovelhas, visando trazê-las de volta à situação terrível da qual haviam escapado. Quando encontram resistência por parte da ovelha que saiu, a atitude dos abusadores é como o leitor já sabe, mais abuso falsas acusações de insubordinação, de insubmissão e falta de consagração a Deus são apenas o começo. Visando intimidar a "ovelha desgarrada", pastores abusadores partem para os mais baixos tipos de manipulação que incluem: dizer que a "ovelha desgarrada" nunca foi verdadeiramente crente, ou pior, dizer que a "ovelha desgarrada" vai direto para o inferno. Depois, com a cara lavada, estes abusadores sentem-se livres para afirmar que suas igrejas são igrejas que "cuidam realmente" das pessoas e ninguém poderá dizer que não tentaram trazer a ovelha desgarrada de volta.
Mas é interessante notar, que nestes encontros, que visam à reconciliação, não existe, por parte dos abusadores, nem uma palavra de admissão de erros cometidos. Como são os "ungidos do Senhor" estão muito acima até mesmo da possibilidade de cometerem o menor pecado. Afinal eles ensinam que pastores não cometem erros nem pecados e não precisam nunca pedir perdão. E quando apertados, costumam sacar, sem a menor cerimônia, seu texto favorito que diz: Não toqueis nos meus ungidos! São realmente patéticos nestas horas.
Pastores, como líderes, gostam de pensar de si mesmo como pessoas diferenciadas, acima das outras pessoas. Pelos títulos que eles criam pra si próprios podemos ver entre eles..paipostolo, reverendo bispo, bispa etc, Gostam de se ver como sendo "especiais", como super-crentes. Apesar de gostarem de se ver desta maneira, Deus não está nem por um segundo interessado em participar no jogo deles. Suas palavras são de condenação absoluta desde o começo: "Ai dos pastores de Israel". Aqueles homens achavam que as posições que ocupavam eram tão dignificadas que os tornavam, automaticamente, isentos e imunes a toda e qualquer forma de crítica. Não entendiam que as posições que ocupavam, bem como as funções que executavam, realmente, não os isentavam de ter que admitir seus erros, de ter que confessar seus pecados e de sofrer as graves consequências dos juízos de Deus, caso não se arrependessem. Esta palavra realmente dura da parte do Senhor é motivada pelo fato de que os pastores não são "donos" do rebanho de Deus e por este motivo não podem tratar o rebanho de Deus de qualquer maneira e muito menos de maneira que sejam abusivas.
A verdade que muitas vezes resistimos em reconhecer, e pessoas abusadas sentem esta dificuldade de uma maneira muito mais aguda, é que existem muitos homens e mulheres , mas muitos mesmos, que se intitulam pastores, são até mesmo ordenados, mas que na realidade não são pastores de verdade. Não possuem chamados, não se submetem ao Senhorio de Jesus e não se dispõe ser aquilo que devem ser: servos, a serviço do povo de Deus. Muitos hoje estão no ministério apenas  pra mostrar para os outros que é capaz ou por interesses financeiros e  ou  comerciais. Como "ser pastor" se tornou em apenas mais uma profissão, o pastor-abusador fará de tudo que estiver ao seu alcance para não perder sua "boquinha".
Pra Refletir

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