Religiosos
ou evangélicos: por que somos tão prepotentes?
Se nós temos uma ideologia ou modo de pensar e as pessoas
não concordam conosco já partimos para a descriminação, e isto é em qualquer
religião, aliás, é o grande mal dos evangélicos e crentes.
Cheguei à conclusão de que tudo isso é provocado por uma
empáfia, arrogância e convencimento que só colaboram para que pessoas se
afastem, isto não é humildade. Veja o exemplo de humildade de duas pessoas.
Mandela é a imagem da reconciliação e do perdão na
África. Militante
mais famoso da luta contra o apartheid, Nelson Mandela virou ícone mundial da
reconciliação e do perdão desde que foi libertado.
Sua libertação em 1990, depois de passar 27 anos nas
celas do regime segregacionista, "Um ícone mundial da reconciliação".
Esta definição do arcebispo anglicano Desmond Tutu resume o principal legado de
Mandela: transformar, sem rancores, um país desunido em uma democracia multirracial
e estável.
Que vergonha para nós que apenas pregamos a humildade
para os outros praticarem, nos não.
Outro exemplo:
O blogueiro evangélico Gutierres Fernandes do blog
Teologia Pentecostal fez uma postagem acerca da vinda do Papa Francisco ao
Brasil.
Foi uma postagem bastante sensata e sincera. Inclusive
quando diz que a humildade de Francisco não é capaz de redimir os cristãos, mas
é um exemplo de Novo Nascimento, o que esta em falta em nosso meio.
Mas o ponto forte da mensagem é a comparação entre a
humildade do Papa e o estilo de vida dos pastores evangélicos:
Francisco é um exemplo de humildade. Isso é ótimo. Quantos pastores
arrogantes precisam que os seus auxiliares segurem suas malas? Já o papa Francisco,
ainda como chefe de Estado, anda em avião comercial e carrega sua própria
maleta. Francisco é um exemplo para muitos cristãos prepotentes, inclusive entre aqueles que se
dizem ministros do Evangelho. Quisera eu
que a mensagem contra a ostentação entrasse no coração de muitos lideres evangélicos
arrogantes.
Cansei de ver pastores e pregadores vaidosos. “A humildade anda em falta
em nosso meio.”
Nos programas de radio tv, e
pior anda nos templos, além do dialeto
intrínseco da categoria, infelizmente os pastores adotam um discurso agressivo
e desprovido de qualquer toque de humildade. “Nós somos”, “Nós fazemos”, “Nós
acontecemos”. Uma linha calcada na falta de dialogo e total imposição de
ideias. Não há convencimento ou um processo baseado no carinho ou na
transparência, é paulada todo santo dia.
A arrogância gera os frutos que não queremos. Ao invés de
darem exemplo de amor, harmonia, solidariedade, tolerância, paciência, os
conceitos presentes no nosso dia a dia eclesiástico se constituem em
prosperidade, individualismo, poder, preconceito, etc, etc, etc.
Agora, feita a ressalva, confesso que já fui extremamente
anticatólico, mas deixei de ser. Por que escrevo isso? Ora, como cristão
protestante carismático (pentecostal) observo entre os meus irmãos de religião
uma idolatria e uma superstição igual ou se não semelhante ao catolicismo
popular. Se vejo um católico idolatrando determinada imagem, vejo também em meu
meio uma idolatria exagerada em relação a pastores megalomaníacos e bispos
arrogantes. Vejo evangélicos supersticiosos, ignorantes de Bíblia e
desprezadores de qualquer forma de pensar que não seja a sua ou de seu líder
ídolo.
Portanto, qual a diferença entre católicos
e crentes em alguns templos onde a imagem do pastor é posta como um verdadeiro
Deus?
Do jeito que está o cenário não há previsão de mudança:
os evangélicos e crentes (dos quais me incluo) se acham os donos da cocada preta
e detentores do monopólio da verdade; do outro, a sociedade perplexa diante de
tamanha empáfia, sandálias da humildade para todos nós viu!
Houvesse mais evangélicos lúcidos haveria dialogo ehumildade,
e não intolerância e fanatismo.
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