A nossa falta de amor
tem nos levado a cegueira espiritual
Quando os discípulos "lembraram" Jesus de despedir
as multidões, não estavam preocupados com o bem estar daquelas pessoas, ao
contrário, estavam preocupados consigo mesmos, pois, como promotores daquele
evento, eles poderiam ser acusados de serem irresponsáveis por atrair tanta
gente para um lugar deserto, sem água nem comida. E se a situação ficasse
tensa, quem poderia conter a fúria de uma multidão com fome?
Lembre-se que este fato ocorreu logo após a decapitação de
João Batista (Mateus 14.1-12) e eles talvez estivessem com receio de que algo
ruim também pudesse lhes acontecer.
Alimentar
aquelas multidões era um tremendo desafio, do qual os discípulos tinham medo.
Suas atitudes revelam o quanto o medo dos desafios pode nos cegar:
1. Falsidade - vs 15.
O discurso deles
era muito bonito ("O lugar é deserto, e a hora é já passada; despede as
multidões, para que vão às aldeias, e comprem o que comer"). Mas, o que realmente eles queriam dizer era:
"Jesus, livre-se dessa gente, antes que tenhamos problemas".
O medo nos cega ao
ponto de não percebermos que estamos agindo com falsidade. O bonito discurso
dos falsos que dizem que amam, não passa de uma desculpa para não se envolver
com as pessoas que precisam dele, no primeiro teste eles mostram as garras de
desamor. Jesus combate esta atitude dizendo: "Eles não precisam ir
embora".
2. Desamor
O versículo 21 nos
fala que havia mulheres e crianças naquela multidão.
Quanto desamor por
parte dos discípulos, não é mesmo? Como puderam pensar que o Nosso Senhor Jesus
fosse permitir que homens, mulheres e crianças famintas voltassem à noite,
caminhando em vão atrás de alimento em lugares desertos e pequenas vilas sem
recurso? Hoje não é diferente!
É dessa falta de amor
que nos fala Tiago: "Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta
de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e
fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito
há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma".
O medo nos cega ao
ponto de não percebermos que estamos agindo com desamor. O bonito discurso dos
hipócritas não passa de uma maneira de se livrar das pessoas o mais rápido
possível, sem realmente se importar como elas irão resolver os problemas mais
imediatos que as afligem. Jesus combate esta atitude dizendo: "Dai-lhes
vós de comer".
3. Perda do foco
Ao invés de fixar
os olhos na solução (Jesus), olharam o problema (a fome da multidão).
Ao invés de fixar
os olhos nos recursos ilimitados de Deus (Jesus - O Pão que desceu do céu),
olharam seus míseros cinco pães e dois peixes.
Ao invés de fixar
os olhos na maravilhosa oportunidade de testemunhar do grande amor de Deus,
olharam para seus próprios umbigos, preocupando-se consigo mesmos (com medo de
se darem mal).
O medo nos cega ao
ponto de não percebermos que estamos perdendo o foco do cristianismo genuíno. O
bonito discurso dos medrosos não passa de uma manobra para deixar passar as oportunidades
que surgem à sua frente de mostrarem a verdadeira filantropia que dizem ser a
igreja, e testemunhar do amor e do poder de Deus.
Jesus combate esta
atitude dizendo: "Trazei-mos aqui (os vossos poucos recursos eu
multiplicarei)".
Conclusão:
O medo dos grandes desafios que Deus tem colocado à nossa
frente nos leva à falsidade, ao desamor e a perder o foco do cristianismo
genuíno. Mas, graças a Deus, Jesus sempre age em sentido contrário, fazendo-nos
enfrentar as situações e incentivando-nos a aproveitá-las para darmos
testemunho do amor e do poder de Deus.
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