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"Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam mas permanecem para sempre"

sábado, 29 de março de 2014

Não Deixe Um Soldado ferido morrer

A igreja talvez seja hoje o único exército do mundo cujos soldados não voltam para buscar seus feridos no campo de batalha.
Ao contrário, substitui-os rapidamente no batalhão e segue em frente, esquecendo-se que muitos soldados de valor ficaram à beira da morte pelas trincheiras.
Caso o último censo do IBGE tivesse incluído questão sobre o número de "desviados" no Brasil, o resultado seria assustador.
Calcula-se que hoje existam no País entre 30 milhões e 40 milhões de "desviados".
Por "desviados" entenda pessoas que um dia tiveram seus nomes no rol de membros de algum grupo cristão, mas que hoje estão à margem da vida da igreja.
Estas pessoas - cuja boa parte povoa hospícios e presídios, ou carrega saco às costas, vaga errante à beira de estradas - um dia confessaram alegremente a Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor e no outro se viram literalmente jogados na sarjeta espiritual.
Nesse contingente de desviados há casos para todo tipo de pessoas. Do endurecido ao desprezado, do chafurdado na lama pelo engano do pecado ao desesperado para sair dele, mas sem ninguém para estender a mão.
É desta classe de pessoas que estamos tratando. De pessoas desesperadas por uma nova chance, mas sem ter a quem recorrer porque sabem, o único lugar onde encontrariam novamente a paz para suas almas é a igreja, mas ali pensam, há “santos” demais para admitir o retorno de um filho pródigo como ele.
Foram disciplinados, escrachados, alijados da comunhão e, não raro, se excluíram ou foram excluídos. Como Satanás, foram expulsos do paraíso. Como Caim, receberam uma mancha na testa e foram condenados a andar errantes pelo mundo pelo resto de suas vidas miseráveis. O problema é que em seus casos específicos, não foi Deus o autor do juízo sumário.
Com tamanha carga sobre as costas, voltar é passo difícil, em algumas situações, impossível.
- A própria igreja discrimina os desviados ou afastados desviados ou feridos por quem deveria apascenta-los.
- A igreja vê o desviado como se fosse Judas Iscariotes, que traiu a Deus e a igreja. E o trata como se fosse lixo que precisa ser retirado daquele ambiente. Mal sabe que o desviado é como o ouro de Deus que se perdeu na lama podre. “Está perdido na lama, mas ainda é ouro e precisa de gente interessada, garimpeiros que estendam a mão e vasculhem até encontrá-lo”.
As causas para o chamado desvio de pessoas na igreja são variadas, Desde o abandono da fé em razão da volta voluntária ao pecado até a exclusão pela liderança da igreja por pura prepotência.
Pessoas que foram excluídas por causa do legalismo exacerbado de igrejas cujos líderes zelosamente disciplinaram com exagero pequenas contravenções. Na ânsia de limpar o pecado, jogaram fora o "pecador" junto com a água suja.
- Vejo gente sofrendo, afastada da igreja por falta de dialogo dos lideres, membros  que deram suas vidas pela igreja.
Outra causa para o apartheid espiritual de muitos é a decepção com lideranças. O membro procura alguém para confessar uma fraqueza ou pecado e, em vez de perdão e ajuda para vencer o mal, recebe maior condenação.
Cuidado com as falsas profecias.
Inúmeras pessoas naufragam depois de receber profecias falsas. A pessoa tem o filho doente, por exemplo, e recebe uma "palavra de Deus" de cura. Pouco tempo depois a criança morre. Ela fica desesperada. Ou então ouve que deve se casar com alguém porque é vontade de Deus. Obediente, casa-se e algum tempo depois percebe que a voz ouvida não era da parte de Deus. Em vez de se decepcionar com o homem, decepciona-se com Deus e sai da comunhão. E há, claro, o grande número de pessoas que se aproxima de Deus seduzido por propaganda enganosa. Chegam porque alguém lhes prometeu prosperidade aqui e agora, mas não percebem as implicações do discipulado a Cristo. Querem as bênçãos do cristianismo, mas nada de porta estreita e caminho apertado.
Por último, a decepção contra o próprio Deus é causa de afastamento de muitos. A pessoa é uma crente fiel e, de repente, seu líder que ela tem como um exemplo, com o seu autoritarismo e autossuficiência a decepciona e ela se afasta.
Nesse caso, se não tiver alicerces firmes em Deus, ela culpa a Deus pelo infortúnio. Age como se Deus tivesse sido ingrato com ela, sempre tão fiel e, portanto, a seus olhos, merecedora de recompensa.
Poucas visitas ao desviado resultam em maior condenação.
Depois que experimentam a expulsão do paraíso, poucos conseguem encontrar lugar de arrependimento. Pior é que se forem depender de boa parte da igreja e de alguns lideres para isso, já terão na mão o passaporte para o inferno.
Entre 60% e 70% dos desviados não recebem qualquer visita de líderes ou membros após sair da igreja. São simplesmente descartados ou substituídos por outros membros.
Em vez de amar o pecador e odiar o pecado, alguns lideres lançam ambos na cova profunda do inferno. Jogam pedra, condenam. Decretam o inferno-já para o pecador. "É como bater de vara sobre a ferida de alguém... o ferimento e a dor só vão aumentar”.
- Por último, passe próximo a rodoviárias e estações de trem ou tente conversar com um andarilho de beira de estrada. Pelo menos três entre dez destas pessoas que andam bebendo errantes, sacos de bugigangas às costas, já participaram de uma igreja cristã. Ali, não raro, você encontra homens que um dia ocuparam solenes púlpitos e pregaram o evangelho.
O peso que está sobre a pessoa fica insuportável às vezes. Há denominações, por exemplo, que pregam que quem pratica adultério jamais será perdoado. Ora, com um decreto como esse na cabeça, o pecador desiste de qualquer tentativa de reconciliação com o Deus irado que lhe foi pintado e se transforma em um monstro na terra. Passa a praticar os mais baixos pecados, porque pensa se já está condenado ao inferno por toda a eternidade, resta aproveitar seus dias na terra.
Sinfrônio  também tem explicação para esse fenômeno. Afirma que na visão expansionista de muitas igrejas hoje é pouco lucrativo deixar 99 ovelhas e sair por lugares ermos atrás de uma ovelhinha extraviada que nem sabe se está viva ou que talvez esteja tão ferida que não tenha chance de sobreviver.
- Muitos acham que não vale a pena tamanho esforço, que vão perder tempo. E, para aliviar suas consciências, usam o argumento de que a pessoa já conhece a palavra. "Saíram de nós porque não eram dos nossos..." é um dos mais recitados.
"Buscar ovelhas perdidas é visão antipática em muitas igrejas", “Isto porque quando o membro sai, geralmente sai falando mal da igreja ou do pastor”.
Acaba ficando mal visto dentro da própria igreja que, em vez de amá-lo e perdoá-lo, passa a tratá-lo como ovelha negra. Desta forma, quando alguém se dispõe a ir atrás dessa ovelha perdida, torna-se também impopular e corre o risco de ser também mal visto. “E poucos estão dispostos a isto”.

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