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"Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam mas permanecem para sempre"

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Refletindo sobre a obediência cega

"Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados" (Sl 32.9).
Na minha curta caminhada cristã tenho-me deparado com várias situações deprimentes entre irmãos. Digo isso não porque sou perfeito ou melhor que ninguém (Fl 2.3), mas pelo fato de não ser, nem um pouquinho, admirador de hipócritas (Mt 23), nem muito menos costumo agir como eles. Pelo contrário, sempre, procuro melhorar a cada dia, tendo a infinita graça de Deus como pilar indispensável à minha vida.
Como de costume - para variar... (risos) -, serei objetivo em minhas singelas palavras e começarei por uma pergunta: “Por que muitos de nós, ao ouvirmos quaisquer palavras de alguém que tem ‘posição’ na igreja, as recebemos e assimilamos passivamente, sem que antes façamos uma básica reflexão, na mais medíocre das hipóteses”? Onde há pecado em se refletir profundamente sobre o que nos é transmitido, independente de quem seja a pessoa ou de que 'patamar' esteja falando?
Às vezes um cavalo preso a uma levíssima cadeira de plástico pode morrer se não houver quem o liberte. Já entendeu a mensagem aí? Se não, explicarei: Quantas pessoas, sem refletir aceitam palavras de outros, permanecendo reféns de uma obediência cega? Esses crentes sequer percebem que são livres, e que o Evangelho de Cristo Jesus já nos outorgou a verdadeira liberdade (2 Co 3.17; 1 Co 3.16), que não deve ser confundida com libertinagem.
A obediência cristã verdadeira não é cega. A obediência cega só faz sentido na caserna. O militar sim precisa obedecer cegamente. O homem de fé questiona a outro homem falível até o fim e só após estar convicto do significado, diz sim.
Será que realmente nos damos o direito de questionar a ideia que fazemos de Deus, ou tudo o que falam dele é inquestionável?                                                                                  Se não, é porque não somos capazes de obedecer realmente, pois quem não questiona, não entende, não elabora nem pode assumir como verdade.                               Só é possível assumir de fato uma verdade quando a questionamos, a pesquisamos, a enxergamos sob vários ângulos e principalmente, quando nos damos o direito de duvidar e de esclarecer as nossas dúvidas. Só diante da resposta que obtivermos, depois de entendermos o seu significado, podemos dizer sim.
A Igreja nos propõe dezenas de dogmas. Quem de nós já questionou esses dogmas?
A quem assume que não entende os dogmas, meus parabéns! Isso indica que você está no bom caminho, porque os dogmas não foram criados para serem engolidos, mas para serem refletidos longamente, às vezes por anos, para que então possam verdadeiramente ser compreendidos em seu significado. Só então é possível assumi-los como verdade, e não antes disso.
Será que fazendo assim deixaremos de ser crentes?
Que todos nós ultrapassemos a obediência cega e façamos dela um ato de vontade própria, consciente, livre e responsável. A cegueira não nos leva a nenhuma resposta existencial na vida. Assumir o verdadeiro significado da vida é o que nos faz existir.
Não hajamos "como" o cavalo, pelo amor de Deus (At 17.11; 1 Ts 5.21)! Já bastam os cavalos, mulas, burros etc. para serem montados...
Para poder obedecer a um porta voz, é preciso entender o porquê se deve obedecer, afinal de contas “nem sempre a voz do povo é a voz de Deus”.

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