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"Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam mas permanecem para sempre"

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Minhas Almas
Desde os tempos dos apóstolos, vemos pessoas arrastando após si multidões (At 5:35-37), sem contudo isto referendar sua pregação ou ministério. O mesmo acontece nos nossos dias.
Uma multidão não referenda um ministério. Muitos seguidores não significam a aprovação divina para o ministério ou para o obreiro! Sinais, milagres e maravilhas nada significam, uma vez que falsas religiões os praticam, e que Jesus foi categórico que muitos que fizeram tais sinais serão rejeitados no juízo (Mt 7:21-23). O uso de almas como contabilidade ministerial só revela a falta de escrúpulos do obreiro, sua tentativa forçada de ser reconhecido e respeitado pelos seus opositores e sua incompreensão ao verdadeiro sentido de ganhar almas para Deus!
Hoje também é costume se contar almas. Isto é muito feito no interior das igrejas, onde a quantidade de discípulos atraídos é sinal de status e a prova definitiva de que Deus está operando naquele lugar, aprovando o que lá acontece. Quando há qualquer questionamento doutrinário ou comportamental, alguém logo sai em defesa de seu “ungido” e perguntam quantas almas o questionador já ganhou; caso ele já tenha ganhado algumas ou muitas, vamos comparar as quantidades para ver quem tem mais poder, mais autoridade, mais credibilidade, mais unção...
Eu não me preocupo com quantidade de almas ganhas, porque a parábola do servo inútil parece ter sido contada pelo Senhor Jesus exatamente para ilustrar esta situação (Lc 17:7-10). Não importa quantas almas eu já ganhei ou quantas vou ainda ganhar, pois almas não podem e nem devem ser computadas em estatísticas de poder ou credibilidade. Mesmo ganhas aos milhares, o objetivo de ganhar almas jamais poderá ser para o engrandecimento do pregador, e sim do Reino. Pregar o Evangelho é nossa obrigação; ganhar almas é tarefa não nossa, mas do Espírito Santo. Assim, quando eu "ganho uma alma para Jesus" nada mais fiz que simplesmente pregar o Evangelho. Coube ao Espírito Santo convencer o ouvinte e conduzi-lo a Cristo. Fui apenas um "moleque de recados". A obra foi totalmente feita por Deus, o plano de salvação, a vinda do Salvador, Sua morte expiatória e Sua ressurreição. A mensagem do Evangelho não é minha, nem da minha igreja, nem do meu ministério. As almas, finalmente, não são ganhas para a nossa glória, mas para a glória de Deus!
Além disto, há pessoas que não as ganham, mas ajudam almas ganhas por terceiros a crescer (1 Co 3:1-9). Paulo não vê diferença entre um e outro. Outras ganham almas e nem tomam conhecimento disto. Há pessoas evangélicas que trabalham  secularmente em ambiente hospitalar. Todos os dias elas tem acesso aos leitos e prega o Evangelho aos enfermos. Apresenta-lhes rapidamente a Palavra de Deus, mostra-lhes Jesus como o único que pode lhes trazer a salvação, faz um apelo para que o enfermo o aceite como único salvador e ora por eles. Às vezes eles aceitam outras vezes não. Mas elas não desistem. Prega o Evangelho a todos, não sabe quantas almas já ganhou para Cristo. Não se torna um grande pastor, com uma multidão de seguidores após si. Quem realmente não quer se engrandecer diante dos homens e das mulheres, Não precisa ser nomeado para poder fazer uma grande obra para o Senhor. Só tomará conhecimento de quantas almas ganhou apenas na gloria. E o melhor: não tem do que se gloriar da quantidade de almas que já ganhou. Sabe que não passa de um servo inútil, que está fazendo não mais que a sua obrigação. As almas só lhe serão computadas para efeito de galardão!
Quantidade, no aspecto de “contabilidade de almas”, não significa nada! Não nos compete contá-las para usar seu número para nossa própria glória. Aliás, esta parece ser a grande causa do castigo divino sobre o recenseamento promovido por Davi em Israel (2 Sm 24).Que explicação melhor encontraríamos para tão grande castigo, senão o orgulho de ser líder de uma igreja numerosa.
A maioria das pessoas está, no desempenhar de seus “ministérios”, querendo na verdade ser maiores ou melhores que o próprio Mestre. Este é o problema central da coisa! Queremos ser maiores e melhores!
Não adianta atrair ninguém para si ou supostamente para Cristo, se não temos condições de guiar os que se achegam à luz da Palavra de Deus. Se alguém tem atraído multidões, mas com sua natureza bruta e sem amor afasta estas multidões da pura Palavra de Deus, não está ganhando ninguém para Cristo!

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